Nilva de Souza Macedo, servidora pública federal, em Anápolis, é mãe de Maria Laura de Souza, uma menina de nove anos que foi diagnosticada com aneurisma fusiforme.
Fusiforme é uma anomalia nos vasos sanguíneos do cérebro, considerada gravíssima, que precisa de tratamento especial e urgente.
Maria Laura foi diagnosticada em outubro do ano passado e, de lá para cá, Dona Nilva não tem feito outra coisa que não seja bater de porta em porta à procura de socorro para a filha.
Na Secretaria Municipal de Saúde, o máximo que ela conseguiu foi a inserção da filha na regulação estadual, sob a alegação de que o tratamento só pode ser feito em Goiânia. Na Secretaria Estadual de Saúde, ela foi informada que a filha iria enfrentar uma fila de mais de 90 pessoas com problemas semelhantes.
Passado todo esse tempo (de outubro para cá), praticamente nada evoluiu e a menina corre sério risco de vida.
A família já gastou tudo o que podia e hoje se presta a fazer “vaquinhas”, campanhas e rifas com vistas a conseguir dinheiro para custear exames que não são feitos na rede pública, ou, que não querem fazer na rede pública. ,
Numa cidade onde se considera que o sistema de saúde é exemplo, num estado onde se alardeia que o atendimento é do melhor padrão e num país onde a propaganda diz que os brasileiros são bem atendidos na questão de saúde, uma criança padece à espera de um socorro par a continuar a viver.
Vergonhoso sob todos os aspectos. Detalhe: Nilva de Souza Macedo, ironicamente, é servidora da Previdência Social. Outro detalhe: ela não pediu que fosse feita esta reportagem.