Polícia prende seis suspeitos de participar do assassinato de Jefferson Cury, morto em novembro de 2023.
Operação Testamento
A Polícia Civil prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento na morte do fazendeiro bilionário Jefferson Cury, de 83 anos, assassinado em novembro de 2023, em Quirinópolis, sudoeste de Goiás. As investigações apontam que os próprios filhos da vítima planejaram o crime, com ajuda de funcionários da fazenda e um corretor, motivados por uma disputa patrimonial milionária. A ação também incluiu uma tentativa de homicídio contra o advogado de Cury, Leonardo Ribeiro Nalesso, que sobreviveu após ser baleado na cabeça.

O delegado Adelson Candeo, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, informou que a Operação Testamento cumpriu seis mandados de prisão — três em Goiás e três em São Paulo —, além de 14 mandados de busca e apreensão. Durante a ação, os agentes apreenderam cinco armas de fogo, quatro delas compatíveis com o calibre usado no assassinato.
Crime premeditado
Segundo o delegado, o crime foi meticulosamente planejado pelos filhos de Jefferson Cury e executado com ajuda do casal de caseiros da fazenda e do filho deles, que era afilhado da vítima. Testemunhas reconheceram um dos filhos como um dos executores, embora ele não tenha sido o atirador. O sétimo envolvido, apontado como autor dos disparos, ainda não foi localizado pela polícia.
O ataque ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, quando dois homens interceptaram a caminhonete conduzida pelo advogado da vítima. Um disparo matou o fazendeiro instantaneamente, enquanto dois tiros atingiram o advogado, que foi socorrido apenas no dia seguinte.
Disputa por fortuna
As investigações indicam que a motivação do crime foi a iminente assinatura de um testamento que transferiria toda a fortuna de Jefferson Cury para uma holding familiar. Essa medida alteraria a linha de sucessão direta e excluiria os filhos do direito automático à herança. Com receio de perder acesso ao patrimônio, eles teriam articulado o assassinato para se beneficiar antes da formalização do documento.
O delegado Adelson Candeo destacou a complexidade do caso, que envolve familiares e pessoas próximas à vítima. “Estamos diante de um crime movido por ganância e disputa patrimonial, que resultou em uma execução brutal”, afirmou.
Os nomes dos investigados não foram divulgados, e as defesas ainda não se manifestaram. O caso continua sob investigação pela Polícia Civil de Goiás.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.




