O Fórum Empresarial de Anápolis, que congrega 15 entidades e segmentos representativos do setor produtivo, divulgou nesta quarta-feira, 22/04, uma nota dirigida ao prefeito Roberto Naves, solicitando a retomada gradativa da atividade econômica no Município, observando-se os requisitos de saúde pública e controle da pandemia do novo coronavírus.
O documento reforça o pedido que as entidades já haviam feito ao chefe do Executivo, através de uma videoconferência realizada na segunda-feira (20/04). Como contrapartida, os signatários do documento comprometem-se em seguir as recomendações dos protocolos concernentes a cada atividade.
“A classe empresarial Anapolina reconhece o enfrentamento corajoso e competente que Vossa Excelência tem liderado na pandemia de Corona vírus que atinge nossa Cidade, e acredita que a retomada gradual da atividade econômica não só favorecerá o engajamento do Setor Produtivo nesse momento excepcional, como também renovará o entusiasmo de toda a comunidade empresarial para a retomada dos negócios, que por certo virá após a pandemia”, destaca a nota.
Para reforçar o pedido, os empresários apontam dados que foram apresentados pelo Governo de Goiás, em relação ao achatamento da curva de contágio, bem como cita a estruturação do Município, na área de saúde. O documento aponta que o site da Prefeitura divulgou que a cidade conta com 140 leitos de enfermaria e 35 leitos de UTI equipados com ventiladores, monitores multiparâmetros, respiradores, aparelhos de eletrocardiograma, oxímetro de pulso, insumos e medicamentos.
Do ponto de vista econômico, a nota do Fórum Empresarial aponta que a previsão na queda de arrecadação do IPTU/ITU está estimada em R$ 54 milhões; a queda de 27,7% no faturamento do segmento de varejo, segundo indicadores recentes e, por fim, cita ainda a questão do desemprego.
Sugestões
O documento do Fórum Empresarial também traz duas sugestões: a primeira delas, para que seja feita, a exemplo do que ocorreu na China, a implantação de barreiras sanitárias nas entradas da cidade, com termomômetros infravermelho para aferir a temperatura corporal das pessoas e orientá-las, em caso de febre, como as mesmas devem ser atendidas e, até, onde ficar em quarentena se necessário. Além da orientação com a distribuição de folhetos informativos.
A outra sugestão é com relação a forma de garantir que não haverá aglomeração nos estabelecimentos a serem eventualmente liberados. Cada segmento assumirá o compromisso e a responsabilidade de evitar aglomerações e, não o fazendo, terá o risco assumido de ter o negócio fechado por motivos sanitários.
Assinam a nota as seguintes representações classistas: Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), Associação das Imobiliárias de Anápolis (AIA), Câmara de Dirigentes Lojistas de Anápolis (CDL), Sindicato do Comércio Varejista de Anápolis (Sincovan), Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicer-GO), Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sinduscon), Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos), Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis (Siva), Sindicato do Turismo e Hospitalidade de Anápolis (Sindtur), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Automotores de Anápolis (Sicodiva), Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa-GO) e Grupo Porto Seco.