Paralisação ocorre por tempo indeterminado
Ana Rita Noronha
Cerca de 100 mil funcionários dos Correios em todos os Estados do País decidiram entrar em greve a partir das 22 horas da última segunda-feira, 17. Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal.
De acordo com a federação, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
Por nota, a federação também afirma ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021.
Segundo a entidade, 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.
“O governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios. Somos responsáveis por um dos serviços essenciais do país, que conta com lucro comprovado. Privatizar é impedir que milhares de pessoas possam ter acesso a esse serviço nos rincões desse país, de norte a sul, com custo muito inferior aos aplicados por outras empresas”, diz José Rivaldo da Silva, secretário geral da FENTECT.
Informações divulgadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT)




