Valor foi definido após rejeição da prestação de contas do Museu da Imagem e do Som (MIS)
A Fundação Roberto Marinho teve sua prestação de contas rejeitada junto a Secretaria de Cultura, hospedada pelo Ministério do Turismo. O episódio envolve a construção da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro. A recusa aconteceu na última segunda, dia 26.
A instituição havia sido autorizada, em 2013, a captar recursos para o projeto do museu. A princípio, o espaço seria construído nos dois anos seguintes, mas o resultado foi outro: desde 2016 a obra está paralisada. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o novo MIS está 70% concluído e deve ser aberta ao público somente em 2023.
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Os recursos captados pela Fundação Roberto Marinho, na época, ultrapassaram os R$ 36 milhões. Agora, anos mais tarde, o governo pede devolução de mais de R$ 54 milhões. Ao todo, de acordo com o governo do RJ, foram utilizados R$ 79 milhões de recursos públicos e R$ 118 oriundos da instituição privada.
O dinheiro foi liberado, na época, pela Lei de Incentivo à Cultura, ou “Lei Rouanet”. Com a rejeição do ministério ao projeto, a Fundação Roberto Marinho ficará três anos impedida de captar recursos públicos por meio da regra.
Essa regulamentação, que veda a apresentação de novos pedidos, foi implementada em 2019, já sob administração de Jair Bolsonaro (sem partido). O governo federal mantém relação conflituosa com o grupo midiático, com o presidente costumeiramente realizando ataques ao jornalismo da TV Globo, além de ameaçar não renovar a concessão da emissora.