As mostras, todas realizadas com aporte financeiro do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, ficam abertas à visitação até 5 de novembro
A Secretaria Municipal de Integração Social, Esporte e Cultura, mesmo em meio às adversidades trazidas pela pandemia, tem conseguido manter ativo o calendário de atividades no setor das artes visuais. Prova disso é que, nesta sexta-feira, 2/094, abre simultaneamente três exposições, na sequência de outras três, encerradas há menos de dez dias.
“Fogo dentro, alimentado com trabalho” e “Idílio” intitulam as exposições de Estevão Parreiras e Clarice Gonçalves, respectivamente, que ocupam a Galeria de Artes Antônio Sibasolly.
No Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Mapa), “Mulheres artistas no acervo do MAPA” traz trabalhos de jovens artistas do cenário atual da arte contemporânea brasileira e, também, de Zeneide Lucena, a primeira expoente desta vertente em Anápolis.
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As mostras, todas realizadas com aporte financeiro do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, ficam abertas à visitação até 5 de novembro, com observância de todos os cuidados sanitários exigidos, destaca o curador responsável pela gestão dos dois espaços culturais, Paulo Henrique Silva.
Sobre “Artistas Mulheres no Acervo do Mapa”, o curador explica que ela inaugura a temporada de exposições do espaço, que inclui outras três e diversas oficinas de formação. “A mostra tem a intenção de dar visibilidade à trajetória de artistas mulheres e ao contexto em que elas estão inseridas, e traz um diálogo potente entre as estéticas e narrativas apresentadas”, ressalta.
Segundo Paulo Henrique, é nessa perspectiva que as pinturas de Zeneide Lucena, primeira artista a vivenciar os códigos da arte contemporânea em Anápolis e também a mais experiente da exposição, com 86 anos de idade, estabelece possíveis relações com as demais obras que integram a mostra.
Alice Lara, Ana Sabiá, Eliane Chaud, Eneida Sanches, Fernanda Azou, Flávia Fabiana, Júlia Milward, Luciana Paiva, Noara Quintana, Polliana Dalla, Raquel Nava, Renata Felinto, Selma Parreira, Usha Velasco, Valéria Pena Costa e Yara Pina são essas artistas.
A exposição não é estruturada em torno de um tema, pelo contrário, é apresentado um conjunto de trabalhos produzidos a partir de diversas narrativas poéticas desenvolvidas pelas artistas. “A proposta, portanto, tem como foco curatorial estabelecer diálogos que enfatizam problematizações inerentes ao mundo da mulher contemporânea”, diz.
Galeria Antônio Sibasolly
Há algumas quadras do Mapa, no centro de Anápolis, a Galeria Antônio Sibasolly abriga, em uma de suas salas, também trabalhos de uma jovem artista, a brasiliense Clarice Gonçalves. Suas pinturas, um conjunto de 16 trabalhos, transporta o espectador para universos imaginários, onde habitam mulheres, mães, crianças e criaturas enigmáticas.
Fomentar o debate do ponto de vista artístico e conceitual sobre a importância das mulheres no sistema das artes e seu papel enquanto corpo emancipado do olhar masculino é uma das contribuições de Clarice. Outro aspecto discursivo importante de sua produção aponta para uma conexão orgânica entre o feminino e a natureza, a fusão que gera e mantém a vida. Um contraponto à mercantilização do corpo feminino e do meio ambiente.
A outra sala da Galeria é ocupada por Estevão Parreiras, jovem de Goiânia que, junto com Clarice, foi selecionado para o Programa de Exposições da instituição, em edital lançado no primeiro semestre deste ano, na categoria regional.
“Fogo dentro, alimentado com trabalho” é a primeira exposição individual do artista Estêvão Parreiras (Pouso Alegre/MG. 1993), e apresenta a criação de seu imaginário, o desenvolvimento de seu repertório de assuntos e dos modos de feitura por meio da reunião de 31 obras selecionadas na produção realizada entre 2018 e 2021, destaca o curador Divino Sobral.
Parte dos trabalhos da exposição faz referência aguda à religiosidade do artista. Desenhar é uma forma de oração para Estêvão Parreiras e traz representações religiosas atravessadas pela fé, mas também pela ironia e pela crítica.
Retomada
A secretária de Integração Social, Esporte e Cultura, Andréa Lins, ressalta a importância da retomada dos espaços expositivos da cidade em tempos ainda pandêmicos. “A Galeria e o Museu voltam a cumprir com o seu papel de oferecer uma programação de qualidade para a sociedade anapolina e cumprindo todos os protocolos de segurança necessários para prevenção da Covid-19”, afirma a secretária.
Ela ressalta, ainda, que Anápolis vive um momento especial na área das artes visuais. Anápolis é, atualmente, uma referência nacional no setor, tendo o Salão Anapolino de Arte como um dos maiores eventos do segmento realizado no país, acrescenta. Ela chama a atenção, também, para o Programa de Exposições da Galeria, cujo processo de seleção ocorreu no início desse ano, no qual mais de 260 candidatos concorreram às três vagas ofertadas.
Serviço
Lançamento de exposições em Anápolis
Quando: 24 de setembro
Onde: Galeria Antônio Sibasolly e Museu de Artes Plásticas de Anápolis
Horário de visitação: 8h às 12 e 14h às 18h
Atenção: visitação de público é permitida de acordo com medidas preventivas (uso obrigatório de máscara, álcool gel e número reduzido de visitantes) – conforme Decreto 4504 do dia 3 de julho de 2020
Galeria Antônio Sibasolly – Praça Bom Jesus – Centro
“Fogo dentro, alimentado com trabalho” – Estevão Parreiras
“Idílico” – Clarice Gonçalves
Museu de Artes Plástica de Anápolis – Praça Americano do Brasil – Centro
“Mulheres Artistas no Acervo do Mapa” – Alice Lara, Ana Sabiá, Eliane Chaud, Eneida Sanches, Fernanda Azou, Flávia Fabiana, Júlia Milward, Luciana Paiva, Noara Quintana, Polliana Dalla, Raquel Nava, Renata Felinto, Selma Parreira, Usha Velasco, Valéria Pena Costa, Yara Pina e Zeneide Lucena.