Migrantes e imigrantes trouxeram para Anápolis, na bagagem, tradições culinárias que se juntam às da região do Planalto Central
A gastronomia de Anápolis é uma expressão profunda da identidade local. Mais que sustento, a comida serve como elo entre passado e presente, tradição e inovação, fé e cultura. Com influências do cerrado goiano, de imigrantes sírio-libaneses, italianos, nordestinos e mineiros, além de impulsos contemporâneos vindos da academia e da expansão comercial, os sabores anapolinos contam uma história que se mistura com a própria formação da cidade.
Na base da cozinha local estão ingredientes como o pequi, a guariroba, o milho, o arroz, a mandioca, a carne de porco e o frango caipira. São eles os protagonistas de pratos emblemáticos como o arroz com pequi, a galinhada com guariroba, o empadão goiano, a chica doida, a paçoca de carne seca e o feijão tropeiro.
Esses sabores são presença constante nas mesas das famílias, nas feiras livres, nas festas religiosas e nas celebrações populares que ainda conservam o preparo coletivo e a hospitalidade como parte da experiência alimentar.
Mas a gastronomia de Anápolis não vive apenas do tradicional. A cidade é também um polo de fusão cultural e criatividade. A influência sírio-libanesa, muito presente devido à presença histórica de famílias árabes na região, aparece com força na culinária: pratos como quibe cru, esfirras, tabule, coalhada seca, kaftas e charutinhos conquistaram espaço definitivo na rotina gastronômica local.
Um dos grandes nomes ligados a essa tradição é Huda Naoum Homsi, referência por sua atuação como chef, empreendedora e defensora da culinária afetiva. Huda também se destacou em eventos beneficentes, festivais gastronômicos e projetos sociais que usam a comida como instrumento de acolhimento e preservação da tradição.
Além das influências familiares e imigrantes, a formação acadêmica vem ocupando um papel de protagonismo no fomento ao setor gastronômico local. A Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA oferece o curso superior de Gastronomia, com estrutura moderna e uma proposta pedagógica que une técnica, pesquisa e valorização dos ingredientes do cerrado. O curso tem contribuído para o surgimento de uma nova geração de chefs, empreendedores e consultores gastronômicos que enxergam a cozinha como instrumento de identidade, inovação e empreendedorismo. Muitos desses profissionais hoje atuam em restaurantes renomados, coordenam buffets e desenvolvem projetos autorais que unem regionalidade e sofisticação.
Nos restaurantes da cidade, esse movimento já pode ser percebido. Anápolis conta com uma diversidade impressionante de estabelecimentos, que vão do regional ao internacional, do rústico ao sofisticado. Casas tradicionais como o Chão Goiano, ícone da cozinha goiana na cidade, seguem valorizando receitas de raiz em ambiente acolhedor.
O Restaurante Dona Cida é outro exemplo de lugar que mantém viva a autêntica galinhada servida com guariroba e feijão tropeiro. Além dos estabelecimentos locais, grandes redes de franquias também têm presença garantida em Anápolis, como Coco Bambu, Divino Fogão, Giraffas, McDonald’s, Subway, Burger King, Chiquinho Sorvetes e Cacau Show, refletindo a expansão do setor e o aumento da demanda por experiências gastronômicas variadas.


Pratos do cerrado e franquias movimentam a gastronomia local com opções variadas de alimentação
Combinando saberes ancestrais, diversidade cultural e inovação profissional, a gastronomia de Anápolis vive um momento vibrante. Ao mesmo tempo em que mantém viva a tradição dos pratos herdados de mães e avós, a cidade investe na formação de talentos, valoriza seus ingredientes nativos e estimula o empreendedorismo gastronômico. Anápolis prova, a cada prato, que comida também é história — e que vale a pena contá-la, de boca cheia.
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