O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socieconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) elaborou estudo que apresenta os principais resultados do comportamento do emprego formal e da remuneração média em Goiás entre os anos de 2010 e 2012, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego.
O estudo abrange todos os vínculos de emprego formais (celetistas, estatutários, temporários e avulsos, entre outros), desagregados em nível setorial, geográfico, segundo gênero, grau de instrução e porte dos estabelecimentos. O objetivo é monitorar a evolução desses indicadores no Estado.
Os resultados da análise mostraram que o dinamismo que Goiás tem experimentado na produção de bens e serviços, nos últimos anos, tem proporcionado a elevação na geração do emprego e da renda. Em 2012, foram gerados 54.111 empregos, o que significa uma expansão de 3,91% em relação a 2011. Esse resultado, embora bastante favorável, assinalou uma perda de dinamismo em relação ao que foi observado no ano anterior. Por outro lado, ainda foi superior à taxa registrada na média brasileira (2,48%).
A Rais 2012 apontou o crescimento no nível de emprego em todos os setores econômicos, exceto na administração pública, que sofreu a perda de 15.361 empregos (-28,39%). Em relação às microrregiões goianas, os dados revelaram que houve expansão em 10 das 18 microrregiões e, em termos relativos, destacaram-se as microrregiões de Iporá (10,7%), Anápolis (7,92%) e Vale do Rio dos Bois (4,66%).
Grau de instrução
O estudo constatou ainda avanço na geração no tipo de emprego que requer maior grau de instrução e ainda, o crescimento generalizado do emprego em todas as faixas etárias. Entretanto, o grande destaque ficou para as faixas extremas (até 18 anos e acima de 65), fato que evidencia um momento diferenciado no mercado de trabalho.
Os principais dados sobre remuneração mostraram que houve aumento real de 4,68% no rendimento médio dos trabalhadores em Goiás em relação ao ano de 2011, resultado que foi superior à média nacional, e ainda, a tendência de diminuição da diferença de rendimento entre homens e mulheres.
A Rais, em razão da multiplicidade de informações de interesse social, possui enorme potencial como fonte de dados capazes de subsidiar os diagnósticos e fundamentar as políticas públicas de emprego e renda, possibilitando aos gestores delinearem, com maior precisão, ações que reduzam as disparidades sociais e regionais.
Anápolis tem saldo positivo na geração de empregos
O Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), do Ministério do Trabalho, aponta Anápolis como destaque, em Goiás, na geração de empregos com carteira assinada em janeiro deste ano. O município registrou 345 novos postos de trabalho no mês de janeiro, um resultado muito melhor que o de dezembro de 2013, quando foi constatada uma redução na taxa de desemprego na cidade. Em 2012, o percentual era de 7,3 e o no último mês do ano passado esse número caiu para 4,7.
Foram admitidos, somente em janeiro deste novo ano, cerca de 4.332 trabalhadores. O setor que mais empregou foi o de serviços seguido pela indústria, construção civil e agronegócios. Parte do bom resultado se deve à política desenvolvida no município para qualificação de mão de obra. O programa Qualificar criado pela Prefeitura de Anápolis oferece diversos cursos nas diferentes áreas, observando sempre as necessidades da população e a demanda da sociedade.
O Qualificar visa não só a inserção no mercado de trabalho, mas a permanência promovendo sua constante qualificação profissional. Desde a sua criação, em 2009, mais de 20 mil pessoas foram qualificadas através de parcerias com escolas de educação profissional ou pela própria Prefeitura de Anápolis. A expectativa é profissionalizar ainda mais cidadãos.
Outro fator preponderante para os resultados na geração de emprego e renda são os investimentos em aparelhamento público. As iniciativas refletem na atração de mais empresas para Anápolis e mesmo na ampliação das já instaladas. O beneficio do crédito ao micro e pequeno empresário, política adotada pelo município, por meio do programa Anápolis aCredita, também influencia diretamente a geração de postos de emprego formal.