Polícia cumpre mandados e apreende veículos em ação conjunta entre Goiás e Alagoas
Dois goianos foram presos nesta quarta-feira (3) durante a Operação Sorte de Areia, que desarticulou uma organização criminosa especializada em aplicar golpes e lavar dinheiro usando lotéricas de fachada. As prisões ocorreram em Pirenópolis e Goiânia. Outros quatro investigados seguem foragidos, incluindo o chefe do grupo, que, segundo a Polícia Civil, vive em São Paulo. A ação cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão em endereços ligados ao esquema, além da apreensão de cinco veículos e do bloqueio judicial de bens que podem chegar a R$ 3 milhões.
Esquema revelado
As investigações apontaram que os criminosos se passavam por proprietários de lotéricas para convencer funcionários a realizar pagamentos de boletos destinados a contas de terceiros, conhecidos como “laranjas”. O dinheiro circulava rapidamente até chegar aos líderes, o que dificultava o rastreamento das transações. Em apenas uma frente de atuação da quadrilha em Alagoas, os prejuízos ultrapassaram R$ 1 milhão. A maioria dos envolvidos é de Goiás, e a cooperação entre os dois estados foi determinante para aprofundar as apurações.
Outras prisões
Durante a operação, um homem, companheiro de uma das investigadas, foi detido por posse irregular de arma de fogo. Os veículos e demais bens apreendidos passarão por perícia e podem ser usados para ressarcir parte dos danos causados às lotéricas e aos clientes. Apesar das prisões, a Polícia Civil continua à procura de quatro investigados que permanecem foragidos, entre eles o líder da quadrilha e um integrante que teria deixado o país.
Ação integrada
A operação foi conduzida pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Grupo Especial de Investigação Criminal de Anápolis (3ª DRP), com apoio da Polícia Civil de Alagoas, responsável pelo cumprimento de mandados no estado. A força-tarefa reforça o enfrentamento de fraudes que usam estabelecimentos de fachada para movimentar grandes quantias e prejudicar consumidores em diferentes regiões do país.





