Decreto prepara Estado para período sem chuvas e busca evitar racionamento nas regiões metropolitanas de Goiânia e de Anápolis
O governo apresentou medidas de enfrentamento à estiagem nas bacias hidrográficas dos Rio Meia Ponte, na Grande Goiânia, e do Ribeirão Piancó, no município de Anápolis. As medidas definem regras para o fornecimento de água e tem o objetivo de evitar qualquer tipo de racionamento.
Num decreto, a captação de água no Alto Rio Meia Ponte, em Goiânia, e no Ribeirão Piancó, em Anápolis, terão prioridade para o consumo humano e a hidratação de animais. Neste último há um levantamento dos reservatórios e poços artesianos existentes, bem como identificação das pessoas que utilizam água destes rios.
Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o uso das bacias pode ficar restrito para atividade agropecuária, industrial, comercial, de lazer e outros usos. “O importante é o compromisso de se criar nos 246 municípios uma cultura de fazendas e áreas de produção de água, bem como nascentes e cabeceiras. É um trabalho que tem sido intenso por parte da Saneago, Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, argumentou ele.
O plano de ações foi dividido em três eixos principais. O primeiro, sob responsabilidade da Semad, fará a gestão da crise, definindo critérios de restrição de outorga, captação e suspensão do abastecimento. Também cabe à Secretaria de Meio Ambiente o monitoramento telemétrico e a comunicação com a sociedade sobre o cumprimento de medidas.
O segundo eixo, sob comando da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) tem a função de implementar medidas de apoio aos agricultores, para que façam o uso e manejo da água de forma racional. Também cabe à pasta orientar os produtores rurais na execução de ações de recuperação de pastagens degradadas nas bacias, conservação de solos e ações de estímulo à produção sustentável.
O terceiro eixo traz as ações realizadas pela Saneago, que incluem a redução das perdas físicas de água na rede de distribuição, apoio às medições telemétricas feitas em pontos de captação de água e o apoio a implementação de mecanismos hidráulicos em barragens. Além de campanhas de educação e conscientização da população para economia de água.
O trabalho de apoio à recuperação de nascentes e mata ciliar também está no escopo de atuação da Saneago, com participação de vários parceiros. “O decreto também traz o desafio de adquirir e apoiar municípios e outras entidades com 300 km de cercamento. Essa aquisição está licitada e com contrato assinado e já estamos apoiando as primeiras propriedades”, alegou o presidente da Saneago.
Com informações da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás