O Governo de Goiás decretou, nesta segunda-feira (30/6), situação de emergência em saúde pública após sete semanas consecutivas de alta na incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no estado. A medida, publicada no Diário Oficial, permite ações imediatas para garantir atendimento hospitalar e conter o avanço das internações.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), já foram registrados 6.743 casos de Srag em 2025, número que representa 82,27% do total de 2024, que fechou com 7.477 registros. Os agentes mais identificados são: Influenza (1.117 casos), Vírus Sincicial Respiratório (1.486), Covid-19 (306) e Rinovírus (680). O pico ocorreu entre o final de abril e início de junho, nas semanas epidemiológicas 17 a 21.
A situação impacta diretamente o sistema hospitalar. As solicitações de internação cresceram 33,27% no comparativo com o primeiro semestre de 2024: saltaram de 8.011 para 10.676. Em maio de 2025, foram 2.406 pedidos, frente a 1.767 no mesmo mês do ano anterior.
Com o decreto, o Estado poderá abrir novos leitos de UTI e enfermaria, contratar profissionais e adquirir insumos com mais agilidade. Vinte e quatro municípios já pediram ao Ministério da Saúde a conversão de leitos para atender exclusivamente casos de Srag.
A maior concentração de casos está em crianças menores de 2 anos (2.654). Já os óbitos ocorrem, em sua maioria, em idosos acima de 60 anos (256 das 402 mortes confirmadas). A vacinação contra gripe foi ampliada para toda a população acima de seis meses em maio, mas a cobertura segue baixa: 39% em Goiás.
A SES mantém uma Sala de Situação ativa para monitoramento e reforça o apelo para que a população atualize a vacinação e adote medidas de prevenção, como higienização das mãos e uso de máscara em locais fechados.
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