Goiás atingiu a maior nota do Ideb, Índice do Desenvolvimento da Educação Básica, na avaliação do ensino médio em todo o Brasil, com 4,8. O Estado se tornou, também, a única unidade da Federação a bater a meta estipulada pelo MEC para o ano de 2019.
Protagonistas no ensino, as disciplinas de português e matemática têm foco das atenções nas escolas da Rede Estadual de Educação. A secretária da Educação, Fátima Gavioli, confirmou em live na última sexta-feira, 11, que foram implementadas mais aulas das duas disciplinas no currículo escolar de Goiás. “Elas surtiram efeito”, comentou. As notas do Ideb divulgadas nesta terça-feira respaldam a estratégia.
Outro componente importante nesse processo é a consolidação de parcerias para realização de uma série de projetos, como Plataforma do Saber, voltada aos alunos do ensino fundamental; incentivo à leitura de clássicos da filosofia, a partir de uma ação com o professor Clóvis de Barros; mapeamento do trabalho da educação lintegral em Goiás, via Instituto Sonho Grande; e cursos voltados ao desenvolvimento socioemocional dos profissionais da educação, oferecido pelo Instituto Viveser.
No próprio âmbito estadual, as parcerias surgem como um instrumento de sucesso. É o que tem ocorrido na relação entre Seduc e TV Brasil Central, que viabiliza a veiculação do programa Goiás Bem no Enem – uma série de aulas voltadas aos estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais recentemente, está o GoiásTec, que usa a tecnologia para garantir Educação nos lugares mais remotos. Já o Seduc em Ação fornece videoaulas para os ensinos fundamental e médio.
Estrutura
A titular da Seduc, Fátima Gavioli, lembra que quando assumiu a pasta, em janeiro do ano passado, uma das primeiras missões que recebeu foi a de “garantir que todas as escolas estaduais recebam melhoria na infraestrutura”. De lá pra cá, os investimentos anunciados já ultrapassam a marca de R$ 114 milhões, em benefício de mais de 530 mil alunos.
Pandemia
A Seduc desenvolveu estratégias para atender as diferentes realidades dos estudantes e, desta forma, garantir a continuidade do ano letivo em meio à pandemia e às regras que evitam a aglomeração de pessoas. Além da implantação do regime de aulas não presenciais, são lecionados conteúdos via TV e rádio, a partir da parceria com a TBC e RBC. Já aos que não possuem acesso aos recursos tecnológicos, são distribuídas atividades impressas, utilizando o transporte escolar para levar o conteúdo aos estudantes.
Paralelo a isso, foi dada atenção especial a evasão escolar. Pensando em combater essa prática durante a pandemia, a Seduc implantou o Painel de Monitoramento, que controla a frequência dos estudantes em meio ao regime não presencial de aulas. Também desenvolveu uma ferramenta de envio de SMS para alertar os estudantes sobre as aulas remotas.
A merenda escolar, igualmente teve destaque na pandemia. Para compensar a não distribuição do alimento, em virtude da suspensão das aulas presenciais, Goiás criou o Auxílio Alimentação, um programa que beneficiou quase de 110 mil alunos no primeiro semestre, com investimento de R$ 54 milhões. A iniciativa consiste em destinar parcelas em dinheiro às famílias dos estudantes que fazem parte do Bolsa Família.
Para o segundo semestre, a Seduc substituiu o auxílio pela entrega de kits de alimentação, abrangendo todos os estudantes da rede pública estadual de ensino. A iniciativa é fruto de uma parceria entre os governos estadual e federal. Do Tesouro de Goiás saíram R$ 44 milhões, por meio do Fundo de Proteção Social do Estado. Os recursos possibilitarão a entrega de 530 mil kits até o retorno das aulas presenciais.
Com informações da Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás