Em Anápolis, não há nos registros oficiais, no momento, nenhum óbito causado por dengue e suas complicações.
A dengue continua acendendo o sinal de alerta para os cuidados com a prevenção por parte da população. Em Goiás, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), aponta um crescimento bastante significativo dos casos notificados e confirmados e, infelizmente, de óbitos.
Os dados da SES-GO compreendem o período da semana 1 a 22, de 2 de janeiro a 4 de junho deste ano.
Conforme o levantamento, no Estado, foram notificados 185.561 casos de dengue. No ano passado, no mesmo período, foram 46.089. Portanto, um aumento de 302,61%
O número de casos confirmados é de 100.77. No ano passado, em igual período, foram 31.281, com um incremento de 222,17%.
Em números absolutos, são 69.496 casos confirmados e 139.472 casos notificados a mais, na comparação da semana 22 de 2022 com igual período de 2021.
Os 10 municípios com maior número de casos notificados de dengue em Goiás, até o momento, são: Goiânia (43.004); Aparecida de Goiânia (15.120); Anápolis (11.556); Rio Verde (7.789); Jataí (6.932); Senador Canedo (4.736); Luziânia (4.624); Catalão (3.951); Itumbiara (3.914) e Águas Lindas de Goiás (3.549).
Juntos, esses 10 municípios concentram nada menos que 56,68 dos casos notificados de dengue em todo o Estado de Goiás, que tem 246 municípios.
Em Goiânia, comparando o número de casos notificados de 2022 com 2021, relativamente à semana 22, houve um aumento de 713,85%, passando em números absolutos, de 5.284 ano passado, para 43.004 casos esse ano.
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Aparecida de Goiânia subiu, na mesma base comparativa de 4.373 para 15.120 casos notificados (aumento de 245,76). E Anápolis, passou de 2.420 para 11.556 (aumento de 377,52%).
Ainda de acordo com o boletim, 92 municípios estão na classificação de baixo risco; 76 na classificação de médio risco e 78 na classificação de alto risco. Essa classificação leva em conta o número de casos notificados por 100 mil habitantes.
Apesar do número de casos notificados, Anápolis aparece na classificação de baixo risco, com 21 notificações/100 mil habitantes.
Óbitos
Em Goiás, o boletim epidemiológico da SES-GO registra, até a semana 22, um total de 46 óbitos de dengue e suas complicações. Só para se ter uma ideia, em todo o ano passado, foram 33 mortes confirmadas oficialmente. Ou seja, este ano, ainda na sua metade, já somam 13 a mais.
Há, ainda 145 casos suspeitos. O que pode elevar ainda mais o número de óbitos. Na série histórica, tomada desde 2010, o maior número de óbito por dengue e suas complicações ocorreu no ano de 2015, com 102 registros.
O Município de Goiânia é o que tem atualmente tem o maior número de registros de óbitos de dengue esse ano, somando 14, seguido por Aparecida de Goiânia, 05; Catalão, 04; Inhumas, 03. Bom Jesus de Goiás, Itaberaí e Santa Helena de Goiás, têm um registro cada.
Ainda, com 01 registro de óbito, tem: Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Caçu, Caiapônia, Caldas Novas, Formosa, Ipameri, Itapaci, Jaraguá, Mineiros, Orizona, Ouvidor, Porangatu e Senador Canedo.
No total, 21 municípios goianos têm registro de óbitos da dengue. Felizmente, Anápolis não tem nenhum registro no banco de dados da SES-GO. Porém, há 15 casos que estão sob investigação.
Prevenção
Desde o começo do ano, a Prefeitura de Anápolis tem intensificado o combate ao mosquito da dengue, que é também vetor de outras doenças como a Chikungunya e Zika Vírus.
A questão é que, segundo levantamentos feitos pelas equipes técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, apontam que a maioria dos focos encontram dentro das residências.
Assim, é fundamental que a população assuma um protagonismo maior, em relação às medidas de prevenção ao Aedes aegypti.
E, diga-se de passagem, as medidas preventivas são “velhas conhecidas” da maioria da população, como, por exemplo, não deixar lixo acumulado no quintal e nem qualquer tipo de objeto que possa acumular água, pois esse é o ambiente que o mosquito encontra condições para se reproduzir.
Outro ponto importante e já anunciado recentemente, é que a Prefeitura vai retomar os serviços de capina e roçagem nos lotes onde há vegetação alta. Depois, conforme previsto em lei, o valor do serviço será cobrado do dono do imóvel.
Os lotes que são fechados por muros, com acesso dificultado, estes serão objeto de fiscalização, para a devida notificação do seu proprietário.