Um professor do Instituto Internacional de Estudos Middlebury tem usado um método diferente para acompanhar a invasão da Rússia à Ucrânia. Especializado em armas, Jeffrey Lewis acompanha a guerra por meio do Google Maps, serviço de pesquisa e visualização de mapas.
Usando imagens do serviço, Lewis e uma equipe de estudantes observam imagens captadas do espaço para acompanhar o fluxo de veículos militares e tropas da Rússia. O aplicativo já foi usado para acompanhar a movimentação de uma unidade blindada em direção à fronteira com a Ucrânia.
Previsão
Com informações de tráfego do Google Maps, combinadas com uma imagem de radar que mostrava tropas russas, a invasão foi percebida por Lewis e ua equipe antes mesmo do anúncio de Vladimir Putin. “Antigamente, teríamos contado com um repórter para nos mostrar o que estava acontecendo no terreno”, disse Lewis. “E hoje, você pode abrir o Google Maps e ver pessoas fugindo de Kiev”, completou o pesquisador.
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Para Lewis, suas investigações apontam como o Google Maps pode ser uma ferramenta importante para apontar qual a real situação de pessoas que sofrem em zonas de conflito. O serviço pode, por exemplo, apontar zonas invadidas ou bombardeadas com base no fluxo de pessoas rumo a determinado local.
A ferramenta também é uma ferramenta importante para civis, já que permite procurar por abrigos antiaéreos caso soe uma sirene em uma cidade. A Embaixada da Índia, por exemplo, deu essa orientação para cidadãos ou estudantes que ainda estão em território ucraniano.
Assim como outros aplicativos, o Google Maps rastreia a localização de smartphones em tempo real, em geral, para apontar quais são os melhores caminhos para fugir de congestionamentos. Porém, esses aplicativos também contam com recursos “ocultos”, como alertas de emergência.