O governador Ronaldo Caiado autorizou, na manhã desta terça-feira (13/10), a construção da Cidade da Polícia Civil, estrutura que reunirá as 16 unidades operacionais de Goiânia em um único local.
“Determinarei ao secretário de Administração, Bruno d´Abadia, que entre em contato imediatamente. Da minha parte, está autorizado para que vocês tenham o melhor complexo”, garantiu ao delegado-geral da corporação, Odair José Soares.
A autorização foi feita durante visita ao Complexo das Delegacias Especializadas, no setor Cidade Jardim. A estrutura será nos moldes do que existe, hoje, apenas no Rio de Janeiro.
“Realmente é um feito inédito a criação de uma Cidade da Polícia Civil. Enquanto nosso sonho não se realiza, não mediremos esforços em continuar o atendimento com presteza àqueles que buscam o nosso serviço, com seriedade e transparência”, disse Odair José Soares.
Passos
Segundo o delegado-geral, alguns passos já foram dados, como a destinação de uma área para edificação contígua à Escola Superior da Polícia Civil, no Jardim Bela Vista, em Goiânia. Já a solução financeira orçamentária consiste na permuta entre uma área pública estadual pela edificação da estrutura da Polícia Civil – modelo adotado por diversos entes da Federação, a exemplo do Exército Brasileiro.
“Estamos numa área nobre, valiosa e grande. Como nós já temos o local, seria vender aqui e construir lá”, explicou.
Sobre o trabalho desempenhado pela Polícia Civil, o governador Ronaldo Caiado disse que foi determinante para o Estado alcançar números positivos no combate à criminalidade nos últimos 21 meses. Desde o início da atual gestão, todos os registros violentos praticados contra a pessoa tiveram reduções expressivas.
“Não tem mais crime hoje em Goiás que não tenha uma ação direita com resultado e o esclarecimento de como ou quem o provocou. É a verdadeira sensação que o goiano tem de segurança pública”, avaliou.
Seguros em queda
Outra consequência positiva é a mudança no preço do seguro de veículos e de cargas, que registrou queda significativa no Estado. “É o menor em relação a todos os outros estados do Brasil”, comemorou o governador Ronaldo Caiado, que voltou a garantir que isso é devolver Goiás aos goianos.
“No meu governo não se passa a mão na cabeça de bandido, tenha a estatura que tiver”, reforçou o líder do Executivo.
Bens do crime
Em entrevista coletiva, o governador defendeu que bens móveis e imóveis frutos do crime – como casas, carros, apartamentos, fazendas, dinheiro em caixa – e que são recuperados pelas forças de segurança precisam ser revertidos em benefícios para a população, em forma de escolas, hospitais e mais estrutura para a própria polícia, com rapidez. “É uma luta que quero levar ao presidente da República, ministro da Justiça, Congresso Nacional. Precisamos dar celeridade, não podemos aguardar uma tramitação morosa, onde a população não vê resultado. Nós deixamos de reinvestir aquilo que foi fruto de um assalto à sociedade e ao patrimônio público.”
Caiado citou, como exemplo, uma fazenda com mais de mil alqueires na divisa do município goiano de São Miguel do Araguaia com Araguaçu, no Tocantins, que foi apreendida pela Polícia Civil. Mesmo caso de uma aeronave Falcon 50, que, apontou, “está se acabando no sol e na chuva”.
“Várias vezes tenho tentado [liberação] junto à Justiça Federal. Se viesse para mim, eu leiloava imediatamente”, afirmou o governador. Uma das finalidades, citou como exemplo, poderia ser a construção de um novo Hospital Materno Infantil.
Centro de excelência
Atualmente localizado na Cidade Jardim, em Goiânia, o complexo da Polícia Civil é composto seis unidades, onde atuam 277 profissionais. São elas: Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva), Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).
Anexa ao complexo está a Central Geral de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão, com mais 128 profissionais. A estrutura é destinada ao registro de prisões em flagrantes por crimes cometidos em Goiânia feitos pela Polícia Militar, Guarda Municipal e outras forças policiais. “O nosso trabalho em parceria com a Polícia Militar tem rendido muitos resultados”, comentou Odair.
O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, ressaltou que todos os avanços se devem principalmente à liberdade de atuação e apoio diário que o governador tem dado às forças de segurança pública. Também atribuiu a queda nos principais índices de criminalidade ao combate duro e incansável ao tráfico de drogas que, segundo sua análise, está relacionado, direta ou indiretamente, a 60%, 70% dos crimes graves. “As polícias do Estado interromperam a liberdade dos traficantes. Esse trabalho de apreensão, de prisão de lideranças do tráfico, está sendo fundamental”, argumentou. (Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás/ Fotos: Wesley Costa)