O primeiro registro oficial de óbito de um morador de Anápolis, ocorreu no dia 30 de abril de 2020. Foi uma mulher de 75 anos de idade, cuja identidade foi preservada.
A partir de então, a população passou a conviver com vários tipos de situações como o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais. O acesso aos supermercados, por exemplo, foi restringido e era preciso fazer fila para ter acesso.
Dentro dos estabelecimentos, as pessoas não ficavam próximos a havia muito silêncio.
Com o lockdown, as pessoas tiveram de ficar mais em casa. Como num filme de ficção científica, as ruas ficaram desertas.
O clima de apreensão tomou conta das pessoas. Para quebrar esse clima, muitos artistas e grupos começaram a fazer apresentações musicais das sacadas dos prédios, nas áreas livres de condomínios e onde se pudesse levar um alento para o enfrentamento da situação.
Momentos difíceis, já que em razão da situação crítica de momento, até os templos religiosos tiveram de ficar fechados.
Referência
A pandemia se alastrou rapidamente, levando a uma ocupação sem precedentes dos leitos de internação e de UTI. Houve momentos em que os leitos de UTI da rede estadual chegaram a ficar com 100% de ocupação e do Município, chegando à casa de 90%.
Mas, era preciso fazer o enfrentamento e, assim, a cidade que acolheu os repatriados começou a preparar a rede de saúde.
Com recursos próprios e contando com o apoio de parceiros na iniciativa privada, a Prefeitura ampliou a quantidade de leitos de internação e de UTI e implantou o Centro de Atendimento Norma Pizzari, exclusivo para atendimento aos pacientes de Covid-19 com quadro de agravamento da doença.
A estrutura montada em Anápolis, com recursos próprios, evitou que o caos se instalasse no sistema de saúde.
No dia 18 de janeiro de 2021, a vacina chegou. Anápolis foi a cidade que deu o ponta-pé à vacinação no Estado de Goiás, começando com uma idosa de 73 anos de idade moradora de um abrigo.
Foram, portanto, anos muito intensos, sobretudo, porque o coronavírus deixou um rastro de mortes e de dor. Lá no começo, via-se as notícias do vírus fazendo óbitos, mas não se sabia que essa situação pudesse chegar perto e levar pessoas próximas: parentes, amigos, colegas de trabalho.
Enfim, muita gente conhecida que perdeu a batalha para a doença.
Não acabou
Assim como em outras epidemias e pandemias, outras variantes do vírus SARS-coV devem surgir.
Contudo, hoje, a situação já é bem mais amena.
O sistema de saúde já não tem risco de estrangulamento e os pacientes encontram condições melhores de atendimento, além do conhecimento que se adquiriu da doença e a ampliação da vacinação, que passou a ser um fato determinante nessa virada.
Assim, a cidade que foi exemplo no enfrentamento da pandemia seguiu, com segurança, passo a passo, a retomada à normalidade plena.
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Mas, sem esquecer do que se passou, sobretudo, das vidas que foram perdidas, das pessoas que ficaram com sequelas e traumas. E lembrar que tudo o que se passou não foi um filme.
Foi, sim, ao contrário, uma triste realidade. Mas uma realidade que trouxe também algumas conquistas e aprendizado.
E, reforçando: ainda não acabou! Mas, vai acabar!
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