Alguns vão se lembrar de um senhor de estatura baixa que participava da vida da cidade fazendo a defesa de um tema que, na época, não tinha a dimensão e importância que se tem hoje: o meio ambiente.
Esse cidadão era Amador Abdalla, fundador e presidente da Associação Anapolina de Proteção ao Meio Ambiente.
Em reconhecimento ao legado que ele deixou, foi instituída a Lei Municipal nº 3.131, de 12 de maio de 2005, criando o Dia Municipal do Meio Ambiente, a ser lembrado, anualmente, no dia 29 de abril.
A lei propõe um dia de reflexão sobre o que cada um de nós pode fazer para melhorar o meio ambiente.
Amador Abdalla fazia sua parte com várias ações, por meio da Associação. Ele ia além. Nos desfiles de 31 de julho e de 7 de setembro, ele sempre era presença nos palanques.
Quando as crianças subiam nas árvores para ter uma visão melhor, Abdalla descia e ia até lá retirar os meninos, dizendo a eles para cuidar dar árvores, porque elas eram importantes para elas mesmas e para as futuras gerações, ou seja, os filhos e netos daqueles garotos.
Era assim, na rotina do dia e dia e na sua simplicidade, que Amador Abdalla defendia a natureza. Não era um modismo naquela época ser ecologista. Quem o era, era de fato.
Conforme registro do DM Anápolis, em matéria assinada pela jornalista Letícia Jury, a Associação Anapolina de Proteção ao Meio Ambiente foi criada no dia 21 de setembro de 1985, Dia da Árvore e teve entre os seus fundadores, além do próprio Amador Abdalla, Luiz Carlos Mendes, Júlio Alves, Edison Calgaro e Odilon Alves.
A entidade, ainda de acordo com esse registro, tinha como sócio de honra o então presidente da República, José Sarney.
o ex-ministro Flávio Peixoto; o então prefeito Adhemar Santillo; o então governador Onofre Quinan; o então bispo Dom Tomás Balduíno e toda a imprensa falada e escrita de Anápolis também figuravam como associados.
Amador Abdalla participava ativamente das reuniões da Associação Comercial Industrial de Anápolis (Acia), levantando sempre a sua bandeira em favor do meio ambiente. Ele foi também vereador do município e faleceu em 1985, deixando um legado na sua atuação.
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