Embora os dados sejam relativos a 2019, antes da pandemia, os números apresentados destacam a dinâmica deste setor que é considerado um importante termômetro da economia no País.
Em 2019, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) verificou que o número de empresas ativas do setor, com 5 ou mais pessoas ocupadas, diminuiu 2,0% em Goiás (1.882 unidades), em relação a 2018 (1.921 unidades), sendo a segunda queda seguida, atingindo patamar pré 2011. No cenário nacional, a queda foi ligeiramente menor (-0,1%), saindo de 55.596 empresas para 55.555.
Quantitativo de pessoal ocupado cai pela sexta vez em Goiás
Além do recuo no número de empresas da indústria da construção no estado em 2019, Goiás registrou o menor quantitativo de pessoal ocupado em 11 anos (50.994 pessoas), queda de 3,2% em relação a 2018 (52.684 pessoas) e de 42,4% quando comparado ao ano de 2013 (88.553 pessoas), que obteve o maior quantitativo de pessoal ocupado da série histórica.
No cenário nacional, o resultado foi levemente diferente, com incremento de 0,1% na passagem de 2018 (1.703.667 pessoas) para 2019 (1.705.395 pessoas).
Ainda assim, o total de ocupados na indústria da construção nacional foi 38,5% menor que o resultado de 2013 (2.773.953 pessoas), melhor resultado da série histórica.
Salário médio mensal da indústria da construção goiana cai 9,0% em 2019
Os gastos com salários, retiradas e outras remunerações totalizaram R$ 1,41 bilhão em 2019, valor 7,8% menor do que o registrado em 2018 (R$ 1,53 bilhão).
Assim, ao calcular o salário médio distribuído pelo total de pessoas ocupadas ao longo de 13 parcelas e dividir pelo salário-mínimo do respectivo ano, é possível perceber que o valor sofreu a quinta queda seguida no ano de 2019 (2,14 s.m.), com variação de 9,0% em relação ao ano anterior (2,35 s.m.). O salário médio de 2019 é 25,0% menor que o valor de 2014, melhor ano da pesquisa em Goiás.
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Já no Brasil, as empresas ativas com 5 ou mais pessoas ocupadas empregaram 1,71 milhão de pessoas em 2019, e pagaram salários, retiradas e outras remunerações da ordem de R$ 52,6 bilhões.
Assim, o salário médio mensal no país foi de 2,38 salários-mínimos (0,4% maior que os 2,37 s.m. de 2018) e R$ 2.371 (0,5% maior que os R$ 2.358 de 2018 deflacionado ao dia 31/12/2019). Na comparação entre o salário médio calculado em salários-mínimos vigentes de cada ano, o valor nacional de 2019 foi 15,8% menor que o de 2014 (2,8 s.m.), melhor ano da pesquisa.
Incorporações
Em 2019, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) verificou que as empresas do setor, com 5 ou mais pessoas ocupadas, geraram R$ 8,3 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços, no estado de Goiás.
Para o país, o valor do mesmo item é de R$ 261,8 bilhões.
Empresas atuantes
Em 2019, Goiás apresentava 1.882 empresas de construção atuantes, o que corresponde a 3,4% do total dessas empresas no país.
Na comparação entre as unidades da Federação, Goiás manteve a 8ª colocação em número de empresas ativas, bem como em custos das obras e/ou serviços da construção e valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção.
O estado tem o 11º maior número de pessoal ocupado e o 10º maior valor de salários, retiradas e outras remunerações.
A pesquisa
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC levanta informações econômicas e financeiras sobre o segmento empresarial da indústria da construção no país, abrangendo a construção de edifícios, as obras de infraestrutura e os serviços especializados para construção. A PAIC permite traçar uma panorama mais detalhado, sobre o pessoal ocupado, a receita bruta, o valor das incorporações, obras e/ou ser viços, estrutura dos custos e despesas, investimentos e valor adicionado, além dos grupos de produtos da construção para as empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas.
Fonte: https://www.ibge.gov.br/