A federação União Progressista nem foi ainda homologada na Justiça Eleitoral e já sofre o primeiro abalo político.
O imbróglio envolve o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é presidente estadual do União Brasil (UB) e o senador e atual presidente nacional do Progressistas (PP), Ciro Nogueira.
Em uma entrevista ao jornal O Globo, Nogueira deixou sua impressão do cenário para a sucessão presidencial do ano que vem e, nessa sua análise, ele incluiu os nomes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, e o governador do Paraná, Ratinho Júnior, que é do PSD.
Entre esses dois nomes, segundo o presidente nacional do PP, deve sair o escolhido para ter apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que devido à sua condição de inelegibilidade, não poderá concorrer no pleito do ano que vem.
O governador goiano Ronaldo Caiado, que lançou seu nome como pré-candidato à sucessão de Lula (PT), foi solene excluído na análise de Ciro Nogueira. Análise essa que, dentro do panorama atual de filiações dos dois nomes citados como “herdeiros” do espólio bolsonarista, tiraria a Federação União Progressista de uma eventual cabeça de chapa.
Claro que esse cenário pode mudar. Mas, fato é que a federação já tem briga antes do “casamento”.
Em suas redes sociais, Caiado não poupou “gentilezas” a Ciro Nogueira.
“A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa, e algo tão gritante que ele já se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”, postou Caiado em suas redes sociais.
Ele ainda emendou: “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”.
O desentendimento de Caiado e Ciro Nogueira, de quebra, cria um mal-estar para o presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy, que é membro da equipe do Governo de Goiás na Agência Goiana de Habitação (Agehab).
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