A sucessão de Roberto Naves (Republicanos) já tem um quadro praticamente definido, a depender da resolução de um imbróglio, envolvendo o candidato José de Lima (PMB). E, numa reviravolta, o vereador Leandro Ribeiro (MDB) volta à base e apoia Eerizânia Freitas (UB). Antônio Gomide (PT), Márcio Corrêa (PL) e Hélio Lopes (PSDB) se preparam para colocar o “bloco na rua”.
Afunilou

No final de 2023 e início desse ano de 2024, alguns vão se lembrar, os nomes citados como pré-candidatos à Prefeitura de Anápolis passou de 20. Veio a janela partidária, houve muitas mudanças e, de lá para cá, a coisa veio afunilando. E como afunilou.
Dos mais de 20 pretendentes, passadas as convenções, restaram apenas 4 nomes homologados para a disputa: Antônio Gomide (PT), Eerizânia Freitas (UB), Hélio Lopes (PSDB) e Marcio Corrêa (PL).
Até certa altura, esperava-se de 7 a 8 candidaturas. Mas, são esses quatro nomes que, a partir do próximo dia 16, vão iniciar a campanha em busca dos votos dos anapolinos.
Os vices

Chamou atenção no pós-convenções partidárias em Anápolis, a escolha dos vices para as chapas majoritárias.
O odontólogo Antônio Gomide (PT), terá como companheiro de chapa o médico Geraldo Espíndola (Rede).
A professora Eerizânia Freitas terá ao seu lado na chapa o médico Samuel Gemus (DC).
O advogado Hélio Lopes (PSDB) terá como vice na chapa o farmacêutico e acadêmico de Medicina, Michel Roriz (Cidadania).
O odontólogo Márcio Corrêa (PL) terá como vice o médico Walter Vosgrau (MDB).
José de Lima (PMB), terá como vice Júlio Cesar Alves Magalhães. A predominância de profissionais ligados à área da saúde é um indicativo do principal tema que deve dominar a campanha: a saúde.
Imbróglio
Considerado uma espécie de patrimônio da política anapolina, o ex-vereador e ex-deputado estadual, José de Lima, corre risco de não disputar a eleição este ano. Ele colocou-se como candidato pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), mas foi atropelado por uma manobra da direção estadual, que enviou documento à Justiça Eleitoral, solicitando tornar nula qualquer decisão em convenção realizada por terceiros. José de Lima realizou a convenção, como ele mesmo sendo cabeça de chapa e como vice, Júlio Cesar Alves Magalhães.
O partido não apresentou concorrentes para a eleição de Vereador (a). A ata foi registrada perante a Justiça Eleitoral. Diante do impasse, ele vai agora tentar rever na Justiça Eleitoral, o entrave que está sendo colocado pela direção regional do PMB.
A defesa de José de Lima vai tentar demonstrar a boa-fé do candidato e o não conhecimento, em nível local, do documento que tenta barrar a decisão local. É aguardar o desfecho.
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Volta à base

O vereador Leandro Ribeiro (MDB) parecia estar vivendo uma espécie de “inferno astral” nas eleições desse ano.
Até pouco tempo atrás ele era comandante de um grande partido em Anápolis, o Progressistas. Ele deixou o PP e migrou para o MDB, na janela partidária. Afastou-se do grupo liderado pelo atual prefeito, Roberto Naves e foi para o grupo de Márcio Corrêa (PL).
Lá, tentou viabilizar seu nome para ser vice. Mas não obteve sucesso. Ele, que já havia anunciado que não disputaria a reeleição para Vereador, acabou também ficando fora da eleição majoritária.
Mas, agora, ele está de volta ao Governo Caiado e também de volta à base de Roberto Naves. Inclusive, já declinou apoio à candidatura de Eerizânia Freitas (UB) à Prefeitura de Anápolis.
Ordem na casa
Depois da fervura do caldeirão nas convenções partidárias, os políticos e os partidos vão reservar os próximos dias para organizar a casa, ou seja, para realizar o registro dos candidatos e candidatas às eleições de Prefeito (a) e Vereador (a), montar as propostas que serão levadas ao conhecimento dos eleitores, elaborar as estratégias do marketing eleitoral e colocar a campanha nas ruas, a partir do dia 16 próximo.
É muita coisa para se fazer, além das articulações que continuarão acontecendo nos bastidores. É uma corrida contra o relógio, porque o tempo é relativamente curto até chegar o dia 6 de outubro.
E passa rápido, muito rápido!
Retorno tranquilo

A Câmara Municipal de Anápolis retomou as suas atividades normais, após o fim do recesso eleitoral.
O retorno das sessões ordinárias- com as sessões plenárias para debates e votações de matérias- foi relativamente tranquilo, embora a volta tenha ocorrido em meio ao processo político que vai desaguar na eleição e reeleição dos vereadores e vereadoras da próxima legislatura.
Por enquanto, pelo menos, não há em pauta nenhum projeto polêmico à vista e o que mais pode causar preocupação para a Mesa Diretora é o quórum para a votação de matérias, sobretudo, aquelas que dependem do chamado quórum qualificado.

- O candidato do PL, Márcio Corrêa, espera contar com o ex-presidente Jair Bolsonaro para reforçar a campanha. Ainda não há, portanto, uma agenda definida.
- Também não se sabe, ainda, se o líder maior do PT, o presidente Lula, poderá estar em Anápolis para reforçar a campanha de seu correligionário, Antônio Gomide.
- O governador Ronaldo Caiado, presidente regional do União Brasil, já mandou recado; “Não vem para brincar”. Ou seja, ele vai às ruas pedir votos para a aliada do partido, a candidata Eerizânia Freitas.
- Já o candidato do PSDB, Hélio Lopes, deverá contar com o presidente nacional do partido, o ex-governador Marconi Perillo, como cabo eleitoral em Anápolis.
- Nos próximos dias, será possível visualizar no site do TSE, quantos e quem serão os candidatos e candidatas que concorrerão a uma das 23 vagas na Câmara Municipal de Anápolis.
- A partir de agora, com o cenário definido para a eleição majoritária em Anápolis, as próximas pesquisas deverão trazer muitas novidades. É aguardar para ver!
- Se bem que, melhor do que qualquer pesquisa, o melhor mesmo é esperar o resultado das urnas, que é o que vai, de fato, mostrar os vencedores das eleições.
- Se bem que, todos que participam de uma eleição, seja majoritária ou proporcional, podem se considerar vencedores, porque não é fácil.