Anápolis não é uma ilha. Ainda mais, quando o assunto é comércio exterior. Isso está bem evidente na análise do resultado da balança comercial do semestre, com os resultados acumulados de janeiro a junho desse ano.
Segundo levantamento realizado pelo CONTEXTO na plataforma de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no primeiro desse ano, as exportações feitas por Anápolis foram de US$ 43,3 milhões, com queda de -54,5% em relação ao mesmo período de 2024, que foi na casa de US$ 95 milhões.
As importações se situaram na casa de US$ 1,1 bilhão nos seis primeiros meses de 2025, com uma variação de -0,9% em relação ao mesmo período de 2024, cujo valor também girou em torno de US$ 12,1 bilhão.
Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) fechou o semestre atual em pouco mais de US$ 1,1 bilhão, com retração de -5,1% em comparação com o primeiro semestre de 2024, cujo valor ficou em torno de US$ 1,2 bilhão. O saldo da balança (exportações menos importações) ficou com déficit de aproximadamente US$ 1 bilhão.
Considerando o balanço do primeiro semestre de 2025, Anápolis tem 0,8% de participação nas exportações do estado. Nas exportações do país, o resultado é abaixo de 0,0%. O município ocupa o 26º lugar entre os municípios exportadores de Goiás e o 486º no ranking nacional de exportadores.
No mesmo período, em relação às importações, a participação de Anápolis nas compras internacionais de Goiás é de 40,3%. Nas importações do Brasil, a participação é de 0,8%. No ranking goiano, o município é o primeiro colocado. No ranking nacional, ocupa o 30º lugar.
Parceiros
Voltamos à questão levantada no título da matéria, para saber a relação de Anápolis com Indonésia e Tailândia; China e Alemanha.
Vamos às respostas: Indonésia e Tailândia foram os principais destinos das exportações feitas por Anápolis, no primeiro semestre, com participações de 16,4% e 8,7%, respectivamente, seguidos por Suécia (6,4), Venezuela (6,1%) e China (5,9%).
Os valores das exportações com a Indonésia e a Tailândia ficaram na casa de US$ 7,1 milhões e US$ 3,7 milhões, respectivamente.
A China e a Alemanha foram os principais fornecedores internacionais na rota por Anápolis, com participações de 37,7% e 23,8%, respectivamente, seguidos por Suíça (7,9%); Estados Unidos (5,9%) e Índia (5,7%).
Os valores de importações da China foram na casa de US$ 408 milhões e da Alemanha, cerca de US$ 258 milhões.
Na corrente de comércio, os principais parceiros no semestre foram: China (36,4%); Alemanha (22,9%); Suíça (7,6%); Estados Unidos (5,9%) e Ìndia (5,5%).
Na corrente (exportações + importações), os valores foram de US$ 411 milhões com a China e R$ 258 milhões com a Alemanha.
Produtos
Os principais produtos das exportações feitas por Anápolis no semestre, foram: – Tortas e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja (42,3%); – Álcoois acíclicos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados (8,8%); – Automóveis de passageiros, incluídos os de uso misto (stationwagons) e automóveis de corrida (7,1%).
Nas importações: – sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico; antissoros; vacinas; toxinas; culturas de micro-organismos, entre outros (33,2%); – Medicamentos (16,1%) e Peças e acessórios de veículos (13,4%).
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