A produção da indústria em Goiás cresceu 10,3% no mês de agosto. É o que mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 14 estados brasileiros, no mês de agosto. Goiás ficou em primeiro lugar no ranking nacional da produção industrial. O Estado ficou à frente do Amazonas (7,6%), Rio Grande do Sul (4,8%), Minas Gerais (3,3%), Paraná (3%) e São Paulo (2,7%). Rio de Janeiro (0,6%), Santa Catarina (0,5%) e Bahia (0,1%) ficaram abaixo da média. Em Goiás, os setores de mineração e a área farmacêutica são destaques.
Segundo o secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, o destaque da atividade fabril goiana se deve à política pública de atração de investimentos e à ousadia de apresentar Goiás a outros países. “Este substancial aumento se deve a uma política pública muita efetiva do governo em atrair indústrias, em atrair investimentos para que o setor produtivo possa crescer”. Nós tivemos a concessão de incentivos para que as indústrias que estão aqui ampliem e para que outras venham de fato”, comentou Baldy.
O secretário disse ainda que o Governo do Estado faz, de forma permanente, um mapeamento para investir também nas regiões menos desenvolvidas. “Enquanto o Brasil cresce e revê toda sua política de desenvolvimento industrial, Goiás consegue sobressair na sua política pública para poder alavancar o crescimento e o desenvolvimento da produção goiana”.
Dentro da política de atração de investimentos, o secretário recebeu hoje em seu gabinete representantes da empresa SAP. A visita já é resultado da missão que o governo goiano fez aos Estados Unidos no mês passado, quando o governador Marconi Perillo conversou com a diretoria da empresa. A SAP, de origem alemã, é líder global no ramo de tecnologia da informação, tem unidades nos Estados Unidos e escritórios no Brasil. Interessado em investir em Goiás e formar parcerias com o Estado, o grupo visitou hoje Anápolis e conheceu o projeto da plataforma logística.
Janeiro a agosto
No acumulado para o período janeiro-agosto de 2012, a redução na produção atingiu nove dos 14 locais pesquisados: Santa Catarina (-2,8%), Rio Grande do Sul (-2,7%), Ceará (-1,5%), Pará (-0,8%) e Minas Gerais (-0,4%). Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado pelos setores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar-condicionado, telefones celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente para equipamentos de transporte e para construção), além da menor produção vinda dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutica e metalurgia básica. Por outro lado, Goiás (5,3%), Pernambuco (3,8%), Bahia (3,1%), Região Nordeste (2,2%) e Paraná (0,2%) assinalaram os resultados positivos no índice acumulado no ano.
Acumulado
No índice acumulado dos últimos doze meses, o total nacional, ao recuar 2,9% em agosto de 2012, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%), e assinalou a taxa negativa mais intensa desde janeiro de 2010 (-5,0%). Em termos regionais, oito dos 14 locais pesquisados também mostraram taxas negativas, com destaque para as perdas observadas no Rio de Janeiro (-4,9%), São Paulo (-4,8%), Santa Catarina (-4,2%), Ceará (-3,6%) e Espírito Santo (-3,5%), enquanto Goiás (7,0%), Paraná (3,9%) e Pernambuco (3,8%) assinalaram as principais expansões.