O percentual estimado pelo governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor neste ano subiu de 6,2% para 8,4%. A inflação mais alta, também, eleva o valor previsto para o salário mínimo de 2022 e para o teto do INSS, que é o valor máximo pago em aposentadorias do Instituto.
Desta forma, o salário mínimo poderá subir dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.192,40 no ano que vem. Ou seja, o trabalhador esperará um ano para obter 92 reais, mais 40 centavos de ajuste o que, nas atuais circunstâncias dá para comprar dois quilos de carne. Ao mês. Com o mesmo índice de reajuste, o teto do INSS passaria dos atuais R$ 6.433,57 para R$ 6.973,99, aumento de pouco mais de 500 reais. O INPC acumulado de janeiro a dezembro, também, é aplicado no reajuste anual de todas as aposentadorias do INSS.
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Por isso, o índice final que será aplicado nas aposentadorias do INSS só será conhecido em janeiro de 2022, quando o IBGE divulgar o resultado da inflação medida no acumulado de janeiro a dezembro deste ano. O INPC considera a inflação das famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. Convém lembrar, entretanto, que esses valores são para os trabalhadores comuns, assalariados. Os que vivem à sombra do poder, têm outro tipo de avaliação. Em outras palavras, servidores (graduados, ou, não) do Executivo, do Legislativo e do Judiciário são vistos como uma categoria superior. Os reajustes deles são diferentes dos demais. Ora, se a Constituição diz, em seu Artigo 5º, que “todos são iguais perante a lei, por que, então, as regas para reajustes salariais entre servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada são tão diferentes?