O ovo de galinha e o café moído, itens essenciais da mesa do brasileiro, apresentaram inflação de dois dígitos em fevereiro.
De acordo com os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, o preço do ovo subiu 15,39%, o maior aumento mensal desde o início do Plano Real. Por sua vez, o café moído teve um aumento de 10,77%, o maior registrado nos últimos 26 anos.
Causas e influências
A alta do preço dos ovos resultou de três fatores principais. Primeiramente, a maior demanda devido ao retorno das aulas, além das exportações afetadas pela gripe aviária nos Estados Unidos, e o impacto do calor na produção, que prejudica o bem-estar das aves. No caso do café, a escassez mundial de safra tem pressionado as cotações internacionais, o que levou a um aumento contínuo desde janeiro de 2024.
Impacto nos alimentos
Esses aumentos exerceram pressão sobre a inflação do grupo alimentação e bebidas, que subiu 0,70% em fevereiro. Embora o índice tenha sido menor que o de janeiro (0,96%), a queda nos preços de outros alimentos, como batata-inglesa (-4,10%) e arroz (-1,61%), ajudou a equilibrar o resultado. Em 12 meses, a inflação acumulada na alimentação chegou a 7%, a maior entre todos os grupos do IPCA.
Medidas do Governo
Diante dessa alta nos preços, o governo decidiu zerar a alíquota de importação de produtos como carne, café, milho, óleos e açúcar. A medida tem como objetivo conter a pressão inflacionária sobre a alimentação, reduzir os custos desses produtos no mercado interno e aliviar os impactos sobre os consumidores, especialmente em um momento de desafios econômicos.
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