A inflação oficial do país fechou o ano passado em 10,06%, o maior patamar desde 2015, quando chegou aos 10,67%. Os dados são do IBGE. O percentual ficou acima da meta de 2021, de 3,75%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá que encaminhar uma carta pública ao ministro Paulo Guedes (Economia) com explicações para o descumprimento do objetivo inflacionário.
O último Boletim Focus do Banco Central mostrou que o mercado estimava alta de 9,99% no índice. O percentual registrado pelo IBGE é, porém, inferior ao estimado pelo Banco Central, de 10,2%. Apesar de registrar a maior taxa anual desde 2015, a inflação desacelerou no acumulado de 12 meses. Chegou a 10,74% em novembro.
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A inflação foi puxada pelos Transportes em 2021, em especial, os preços dos combustíveis. O grupo teve alta de 21,03% no ano passado, com impacto de 4,19 pontos percentuais no índice. A gasolina subiu 47,49%. O etanol, 62,23%.
A Habitação foi o 2º grupo com maior impacto na inflação de 2021, com alta de 13,05% e efeito de 0,98 ponto percentual no índice. A energia elétrica teve alta de 21,21% no ano passado.
O grupo de Alimentos e bebidas subiu 7,94% em 2021. A alta foi menor se comparada com 2020, quando teve alta de 14,09%. A alimentação em domicílio avançou 8,24%, puxado por café moído (50,24%), mandioca (48,08%) e açúcar refinado (47,87%).
Inflação por unidade federativa
Das 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, a inflação foi maior em Curitiba. Chegou a 12,73% no acumulado de 2021, o que corresponde a 2,67 pontos percentuais superior à taxa do país. Vitória (11,50%) e Rio Branco (11,43%) completam a top 3 cidades que tiveram o índice mais alto. Goiânia não ficou muito atrás, ficando 0,25 ponto acima da taxa brasileira com 10,31%.
Na contramão, Belém teve a menor variação de preços: 8,10%. Brasília (9,34%) e Rio de Janeiro (8,58%) também estão na parte de baixo da tabela.
unidade da federação | variação |
---|---|
Curitiba | 12,73 |
Vitória | 11,50 |
Rio Branco | 11,43 |
Porto Alegre | 10,99 |
Campo Grande | 10,92 |
Salvador | 10,78 |
Fortaleza | 10,63 |
Recife | 10,42 |
Goiânia | 10,31 |
Aracajú | 10,14 |
IPCA | 10,06 |
São Luís | 9,91 |
São Paulo | 9,59 |
Belo Horizonte | 9,58 |
Brasília | 9,34 |
Rio de Janeiro | 8,58 |
Belém | 8,10 |
(Com informações do Poder360 e IBGE)