Com isso, o IPCA em Goiânia atinge acumulado de 4,77% no ano, menor que o acumulado de 2021 (10,31%), porém maior que os quatro anteriores a esse, tornando-se o segundo maior aumento dos últimos seis anos.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas nesta terça-feira, 10.
Com alta de 0,62% em dezembro, no Brasil, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 3,5% e teto de 5,0%.
Vestuário e alimentação: alta
Com dados referentes à capital goiana, em 2022, o grupo que mais subiu foi Vestuário, variando 21,52% no acumulado do ano. Os maiores aumentos ocorreram em Calçados e acessórios (27,05%), Roupa feminina (25,54%) e Roupa masculina (24,61%).
Em segundo, o grupo Saúde e cuidados pessoais apresentou alta de 13,16% no acumulado de 2022. Os maiores aumentos ocorreram em Higiene pessoal (18,94%) e Produtos farmacêuticos (14,05%).
Outro grupo com intenso aumento no ano foi Alimentação e bebidas, que subiu 12,47% em 2022. O grupo possui o segundo maior peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos, sendo, portanto, o maior responsável pelo aumento do IPCA em 2022.
As maiores altas do grupo ocorreram em: Tubérculos, raízes e legumes (50,06%), Frutas (29,51%), Leites e derivados (25,07%), Panificados (20,41%) e Farinhas, féculas e massas (16,74%). Pelo forte peso que tem na cesta de compras das famílias, destaca-se também o grupo Alimentação fora do domicílio (11,69%).
Os subitens com as maiores altas do ano foram a cebola (134,13%), a batata-inglesa (66,40%), banana-prata (54,86%), maçã (51,20%) e banana-maçã (40,36%).
Pelo forte peso que tem na cesta de compras das famílias, destacam-se também: refeição (7,63%), lanche (17,12%), pão francês (18,23%), leite longa vida (30,97%), queijo (20,72%) e biscoito (27,17%).
Combustíveis: queda
Em sentido contrário às altas do ano, o grupo dos Transportes apresentou a maior queda de 2022, variando -4,81%.
O motivo está relacionado com quedas nos preços da gasolina e etanol, que caíram de forma mais expressiva entre os meses de julho e outubro, em decorrência de uma série de reduções no preço do combustível nas refinarias e da aplicação da Lei Complementar 194, que limitou a cobrança de ICMS sobre os combustíveis pelos estados. Dessa forma, os Combustíveis de veículos encerram o ano com queda de 26,99% no acumulado, variando -28,89 a gasolina e -26,90% o etanol.
O óleo diesel, que já possuía redução na alíquota do ICMS, subiu 20,69% em 2022.
Contudo, no grupo, Veículo próprio, item com maior peso na cesta de compras (15,16%), subiu 11,16% em 2022, devido aos aumentos em emplacamento e licença (30,17%), seguro voluntário de veículo (26,68%), óleo lubrificante (16,19%), motocicleta (14,38%), automóvel novo (6,39%) e automóvel usado (4,38%).
INPC
O INPC de Goiânia registrou alta de 0,75% em dezembro de 2022, e fecha o ano com acumulado de 5,61%.
A variação anual foi maior que a do IPCA goiano (4,77%), o que indica que a inflação teve maior peso no bolso das famílias com menor rendimento. Em nível nacional, o índice aumentou 0,69 % em dezembro e chegou a 5,93% de acumulado no ano. O INPC abrange as famílias com rendimentos entre 01 e 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Os indicadores
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.