Na quarta-feira, 29 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no Palácio do Planalto com representantes bancários e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; e da Casa Civil, Rui Costa, para discutir a proposta.
Fernando Haddad ressaltou em coletiva que a nova plataforma proporcionará um recurso moderno e transparente, permitindo aos trabalhadores comparar taxas de juros. A expectativa é lançar a plataforma ainda este ano, estendendo o acesso ao crédito barato para famílias que atualmente só está disponível para aposentados, servidores públicos, ou trabalhadores de empresas com convênios bancários específicos.
Apoio da Febraban
Isaac Sidney, presidente-executivo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), manifestou apoio à proposta. Ele destacou o papel do eSocial como um meio vital para reunir informações de qualidade sobre trabalhadores e empresas, reduzindo o risco de crédito. Sidney prevê que, com a iniciativa, a carteira de crédito para trabalhadores celetistas poderá elevar-se de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
O ministro Haddad explicou que a garantia proporcionada pelo eSocial poderia reduzir significativamente as taxas de juros, que atualmente superam 6% ao mês para crédito pessoal. Ele frisou que esta garantia deve levar a condições financeiras mais justas para os trabalhadores, possibilitando o cumprimento das dívidas de maneira mais viável.
Benefícios para milhões
Luiz Marinho afirmou que essa medida pode beneficiar cerca de 42 milhões de trabalhadores celetistas e domésticos registrados no Brasil. A implementação dependerá de outra reunião interna do governo para finalizar os detalhes. Marinho destacou que a introdução do eSocial irá integrar empregadores e trabalhadores, possibilitando o acesso ao crédito sem a necessidade de convênios diretos entre empregadores e instituições financeiras. A legislação do consignado privado existe desde 2003, mas a dificuldade de bancos em acessar empregadores impediu sua popularização. Com esta iniciativa, o governo procura superar essa barreira, democratizando o acesso a um crédito mais acessível para os trabalhadores.
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