Homem teve 80% do corpo queimado e estava internado no Hospital de Urgências Otávio Lage, em Goiânia
Wallison Barbosa dos Santos, o motorista da Urban que foi incendiado na tarde do dia 1° de setembro, no terminal Urbano de Anápolis, não resistiu às complicações das queimaduras e faleceu na manhã deste domingo, dia 12.
A notícia foi confirmada pela família. Wallison estava internado no Hospital Estadual de Urgência Otávio Lage (HUGOL) desde o atentado que sofreu. Ele se preparava para sair, quando uma das passageiras jogou álcool nele e ateou fogo. Ele foi rapidamente socorrido e a mulher, presa. Depois, ficou constatado que ela possui problemas mentais.
A notícia da morte do motorista, que tinha 35 anos, chocou os internautas que vinham acompanhando o caso. Não só pela gratuidade da violência, mas pelo fato de Wallisson ter sido levado consciente e andando para o hospital. “Achava que, apesar das marcas e sequelas, ele ia sobreviver”, disse um deles ao Portal Contexto.
De acordo com médicos especialistas em queimaduras, a morte de pacientes com 80% do corpo queimado, como era o caso de Wallison, acontecem com frequência. É que as complicações ocorrem a longo prazo. A pele é a principal barreira do organismo contra infecções. Sem ela é muito difícil controlar o ataque de bactérias.
Além disso, um corpo sem pele se desidrata com muita velocidade e produz toxinas que levam à falência renal. Dependendo da gravidade da queimadura, a pele perde a capacidade de se regenerar e torna o tratamento extremamente difícil e lento. Por essa razão, grande parte dos pacientes não consegue resistir ao longo do tempo.