Por Nilton Pereira
Parece que, quanto mais a mídia explora o tema, mais surgem casos de injúria racial; preconceito de raça e cor, discriminação entre raças e, ainda, assédio moral, assédio sexual, constrangimentos e outros tipos de agressão entre as pessoas. Eles, na verdade, sempre existiram, mas, hoje em dia, têm ocupado grandes espaços nas discussões entre especialistas como psicólogos, sociólogos, policiais, juízes, promotores, animadores de auditórios, âncoras de telejornais, condutores de talk show e outros eventos.
Até aonde isso vai chegar, ninguém sabe. O certo é que se multiplicam as ações, as denúncias, os questionamentos e as desavenças. É no jogo de futebol (principalmente no futebol); é nas empresas; é nas escolas, é em todo lugar. Todo dia surge um caso que aborda esse tipo de comportamento feito por determinadas pessoas, grande parte delas, gente esclarecida, conhecedora da lei e com bom grau de instrução. E, lembrar que muitos artistas, muitos atletas, muitos políticos se tornaram conhecidos, e famosos, justamente, por conta dos apelidos que receberam, muitos deles referentes à sua raça; cor; compleição física; religião, etc. Vai entender…
Estaríamos, nós, vivendo uma mutação social, onde a intolerância tem dado lugar à razão? Ou, quem sabe, estaria havendo um provável aproveitamento da situação por parte de quem se considera “ofendido”. O certo é que a sociedade, principalmente a brasileira, está desnorteada com este assunto. Chamar alguém de preto; negro; burro; criticar a orientação sexual de pessoas; contrariar interesses políticos; religiosos; filosóficos, ou qualquer outra coisa, quase sempre acaba na mídia, ou, nos tribunais.
Se formos buscar na história, tanto a remota quanto a recente, vamos encontrar coisas comuns daquelas épocas, que seriam absurdos, verdadeiros crimes hoje. Os livros, os filmes, os programas de TV e as gravações em geral estão aí para quem quiser ver. Assim sendo, quem pretende viver “em paz”, que meça as palavras, vigie os conceitos, policie as referências para com os semelhantes. Caso contrário, será candidato a responder civil, ou, criminalmente, pela forma com que se dirigir a determinadas pessoas. Muito cuidado…