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Felizmente, desta vez, não houve um desfecho trágico como o que ocorreu mês passado, no Parque Calixtópolis, quando um adolescente morreu e outros dois foram feridos à faca. Dias antes, uma aluna feriu a colega de escola, também, à faca. Neste caso não houve registro de imagens.
A insegurança tem imperado na sociedade brasileira de uma forma assustadora. Agora são crianças e adolescente que, sem maiores justificativas, decidem resolver suas questões existenciais no desforço físico, na agressão, nos ferimentos, em muitos casos, na tragédia da morte. O que ninguém sabe é de onde tem brotado tanto ódio, tanta intolerância, tanta ira, a ponto de as pessoas colocarem em as próprias vidas em jogo, em causas, aparentemente superficiais. Mas, o ódio é gerado no ambiente escolar, ou, é levado para ele, por alunos com situações mal resolvidas no âmbito doméstico?
Claro que não existe um estudo social mais aprofundado a esse respeito. Mas, aparentemente, a convivência de poucas horas no ambiente escolar, a princípio, não seria capaz de gerar tanta violência, até porque, nas escolas, em sua quase totalidade, têm projetos definidos para a diminuição desse ímpeto e há o controle institucional para o bom andamento das atividades.
Atualmente, é comum culpar a escola e até os professores pela formação de caráter dos alunos, o que não é correto. O papel do professor é instruir, ensinar e orientar; a educação e disciplina são responsabilidades da família. Muitos alunos vivem em ambientes hostis, levando para a escola intolerância e ódio, resultando em casos frequentes de descontrole, destacados pela mídia.
Este desafio social envolve toda a sociedade e as autoridades. Embora a presença policial seja requisitada, há limitações práticas. É fundamental conscientizar desde a pré-escola sobre a importância da harmonia. Projetos envolvendo pais são essenciais para promover a paz e a tolerância. Sem uma ação imediata, a sociedade continuará a enfrentar a violência nas escolas. A gravidade da situação só é verdadeiramente compreendida por aqueles que vivenciam esses eventos de perto.
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