A Polícia Ambiental prendeu dois dos maiores caçadores de onças-pintadas do Brasil durante uma operação em São Miguel do Araguaia, no Norte de Goiás.
A ação foi conduzida pelo Batalhão de Polícia Militar de Operações Ambientais (BPMOA), após uma denúncia anônima com áudios, fotos e vídeos que mostravam o abate de animais ameaçados de extinção. Segundo a polícia, os suspeitos cobravam de R$ 2 mil a R$ 5 mil por cada onça morta, e já haviam exterminado dezenas de felinos em diferentes regiões do país.
Crueldade nas caçadas
Os vídeos obtidos pela polícia mostram cenas de extrema crueldade. Em um deles, uma onça ferida por disparos é encurralada e morta por cerca de dez cães. Durante o ataque, os homens incentivam e celebram a brutalidade. Em outro áudio, um dos suspeitos comenta: “Já matamos umas bichas boas ali”. Ele ainda explica o método usado para atrair os animais, dizendo que “quando tem muita carniça, ela fica por perto e volta mais tarde, ficando mais fácil de matar”.

Armas e troféus
Na operação, as equipes apreenderam três armas de fogo e uma presa de onça, que era usada como troféu pelos criminosos. Ambos foram autuados por caça predatória e posse ilegal de arma de fogo, permanecendo à disposição da Justiça. A investigação busca identificar outros envolvidos no esquema. Conforme a Lei nº 9.605/1998, quem mata uma onça pode receber pena de até um ano de detenção e multa de R$ 5 mil por animal abatido.

Ameaça à biodiversidade
A onça-pintada é um dos maiores símbolos da fauna brasileira e ocupa papel essencial no equilíbrio ambiental. Por ser um predador de topo, ela controla populações de presas e contribui para a saúde dos ecossistemas. O Batalhão Ambiental alertou que a caça desses animais representa uma grave ameaça à biodiversidade e destacou a importância das denúncias anônimas. Quem tiver informações pode entrar em contato via WhatsApp (62) 9611-2182, com atendimento 24 horas.




