O governador Marconi Perillo presidiu na manhã da última quarta-feira, 03, a solenidade de afixação da foto do ex-governador Jonas Duarte (01/07/54 a 31/01/55), na galeria de ex-governadores do hall de entrada do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, em Goiânia.
A família do ex-governador foi representada pela filha, Inês Duarte; pela neta Zida Cristina Duarte e pela bisneta Manuela Porto. A técnica usada para a realização da imagem do ex-governador é o desenho em grafite.
Jonas Ferreira Alves Duarte era natural de Alegre, no distrito de Jerônimo Monteiro, cidade pequena do Município de Cachoeiro do Itapemirim, no Estado do Espírito Santo. Filho de Alcides Alves Duarte e Alice Ferreira Duarte, nasceu no dia 02 de outubro de 1908. Ele chegou a Anápolis em 1931 como gerente das Casas Pernambucanas. O espírito empreendedor e visão de futuro notabilizaram a figura de Jonas Duarte. No ano de 1937, ele fundou a Companhia Silva Duarte, empresa que foi a primeira concessionária de veículos da marca FORD na região, juntamente com o ex-prefeito Graciano Antônio da Silva, o Coronel Sanito. Foi, também, fundador da ‘Catita‘, a primeira indústria de laticínios de Anápolis. Outro empreendimento em que esteve à frente foi o Cine Imperial (1936). O Oestbanc-Banco Imobiliário e Mercantil do Centro-Oeste Brasileiro foi idealizado por Jonas Duarte e fundado em parceria com Plácido de Campos, com o início de suas atividades em julho de 1946. Logo depois, a instituição foi incorporada pelo governo goiano e transformou-se no BEG-Banco do Estado de Goiás (já extinto).
Negócios e política
Jonas Duarte foi o primeiro empreendedor a pensar na expansão urbana de Anápolis com um projeto avançado para a época: a criação do Bairro Jundiaí. Para sua execução, criou a Sociedade Imobiliária de Anápolis. O loteamento teve início em 1944 e ganhou impulso a partir de 1950, de tal forma que, hoje, o bairro concentra grande parte da população residente em Anápolis, ocupando edifícios que se multiplicam a cada ano.
Em 1947, Jonas Duarte ingressou na política. Elegeu-se, sempre, pela coligação PTB/PSD. Participou de campanhas memoráveis, entre as quais a que o conduziu ao Palácio das Esmeraldas. Naquele tempo não existia o sistema de chapas unificadas e ele foi eleito vice-governador juntamente com Pedro Ludovico Teixeira, obtendo uma expressiva votação. Ocupou a governadoria do Estado de Goiás por três vezes – a primeira delas por 20 dias. Quando Pedro Ludovico viajou à Europa, em 1952, ficou por três meses no governo. No ano de 1954, Pedro Ludovico deixou o cargo para concorrer ao Senado e Jonas Duarte assumiu, definitivamente, por um espaço de sete meses.
À frente do Poder Executivo de Goiás fez uma série de obras que beneficiaram a comunidade anapolina. Uma delas foi a ligação telefônica com a Capital do Estado, através de uma linha física e instalando-se um posto de atendimento em Anápolis. Mais tarde abriu concorrência pública para adoção de telefones automáticos nesta Cidade. Ele iniciou a implantação da rodovia que dá acesso a Goiânia. Quando Governador, fez a transformação do Colégio Municipal de Anápolis em instituição estadual.
Foi prefeito de Anápolis entre 31 de janeiro de 1961 a 30 de janeiro de 1966. Sua administração se voltou para o saneamento das finanças e a moralização do Poder Executivo, pois recebera a Prefeitura totalmente endividada. Seis meses depois, as dívidas estavam quitadas. A partir de então, desenvolveu inúmeras obras nas áreas de saneamento básico e asfaltamento. Em sua administração foi construído o estádio de futebol que, hoje, leva o seu nome e uma estação rodoviária. (Com informações dos sites: goiasagora.go.gov.br e anapolisbrasil.inf.br)