O jeito tímido e o olhar confiante compõem o perfil de um, ainda garoto, que tem um currículo digno dos grandes e experientes campeões. Hélio Mariano Bastos de Morais Júnior, 13 anos de idade, aluno do 5º ano do ensino fundamental da Escola Municipal “Antônio Constante” fala pouco, mas como poucos de sua faixa etária, sabe o que faz quando veste o quimono e vai para o tatame.
Aos 08 anos de idade, Hélio Mariano Júnior começou a praticar o Judô, uma arte marcial secular que começou a ser praticada em países orientais, em especial no Japão, onde se tornou esporte oficial do País. O incentivo partiu de uma vizinha para que ele começasse a praticar o esporte no Programa Esporte para Todos. Filho de uma família de origem humilde – o pai é vigia noturno e a mãe manicure- Hélio ganhou uma bolsa de incentivo, começou a treinar e não parou mais.
Os resultados vieram: Hélio foi tricampeão (2011, 2012 e 2013) dos Jogos da Primavera; tetracampeão (2011, 2012, 2013 e 2014) dos Jogos Abertos de Anápolis; tricampeão (2012, 2013 e 2014) do Campeonato Goiano de Judô, na sua categoria; campeão da Copa Nacional Minas Tênis Clube (2014), em Minas Gerais; campeão Brasileiro Regional (GO,TO, DF, MT, MS, RO e TO) em 2014, no torneio disputado em Ji Paraná-RO; campeão Brasileiro (27 estados participantes) de 2014, em competição ocorrida em João Pessoa-PB; campeão do Circuito de Judô em Palmas-TO, ocorrido no final de semana passada.
No total, Hélio Mariano Júnior já conquistou 37 medalhas em 37 campeonatos disputados. Com essa performance, ele foi o único goiano a integrar a Seleção Brasileira de Judô Sub-13, para a disputa do Panamericano que será disputado em Carolina- Porto Rico, entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro.
Vida de atleta não profissional não é fácil. Fora do tatame, Hélio Mariano conta com o apoio da Federação Goiana de Judô e da Confederação Brasileira da Prefeitura, através do Programa Esporte para Todos e do Núcleo Associação Esportiva Ippon, onde realiza os seus treinos mais elaborados. Mas, para estar presente em competições, conta ainda com outros apoios, um deles veio do advogado Airton Campos, conhecido como Tim, que viu no esforço do garoto um exemplo a ser seguido por outros de sua idade, num mundo hoje tomado por notícias ruins envolvendo pessoas cada vez mais jovens no submundo das drogas e da violência. O apoio também vem do lar, o pai de Hélio não mede esforço para conseguir o quimono que deve ser usado nas competições oficiais e até o irmão, que também é judoca, é envolvido na rotina do jovem campeão.
Marília Gonçalves Benelli, técnica de Hélio Mariano Júnior, avalia que ele tem todas as condições de alcançar o pódio no Sulamericano, por ser um atleta disciplinado nos treinos de, em média, quatro horas por dias. Marília, inclusive, visualiza um horizonte ainda mais amplo para Hélio, quem sabe, chegar a uma olimpíada.
O chefe da delegação brasileira, Josmar Amaral Gonçalves, presidente da Federação Goiana de Judô estará à frente de um grupo de cerca de 60 pessoas, entre atletas e comissões técnicas e, com certeza, seus olhos estarão voltados para o tímido Hélio, que não precisa de palavras para mostrar as suas habilidades. A torcida é que ele possa aumentar a sua coleção de pódios neste desafio internacional, quem sabe, o primeiro de muitos de uma carreira de sucesso.
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