O Ministério da Saúde lançou, esta semana, a campanha nacional de doação de leite humano 2014. Ela tem como meta aumentar em 15% o volume de leite coletado no Brasil, ampliando o número de bebês beneficiados. Em 2013, o total coletado foi de 174.493 litros. Foram 159.592 voluntárias contra 179.113 em 2012. A campanha ressalta as vantagens do leite materno, não apenas para a redução da mortalidade infantil, como também na qualidade de vida e na defesa das crianças contra uma série de doenças. Apesar da queda no número de doadoras, o volume de leite doado por cada mãe vem crescendo. Tanto que, entre 2010 e 2013, houve um aumento de 12% no total de recém-nascidos atendidos, chegando a 177.450.
Os bancos de leite figuram entre as principais iniciativas do Ministério da Saúde para a redução da mortalidade infantil, inseridos na estratégia da Rede Cegonha. Cada litro de leite pode atender a, até, 10 recém-nascidos internados por alimentação, dependendo da necessidade. Toda mulher que amamenta pode doar leite materno para atender a demanda de bebês prematuros e de baixo peso.
Para fazer a doação, as mães lactantes podem solicitar orientação diretamente ao Banco de Leite Humano mais próximo da sua residência. A equipe vai até a casa da doadora, fornece todas as instruções e leva os frascos adequados para o armazenamento. Guardando o leite em casa, de acordo com a própria disponibilidade e no máximo até 10 dias após a coleta, basta a doadora solicitar a retirada do leite em sua casa. Qualquer quantidade é importante para a vida dos bebês, já que 1 ml de leite é suficiente para impactar na vida do recém-nascido.
Modelo brasileiro
Ressalte-se que o sistema dotado no Brasil é referência internacional. Desde 2005, o País exporta as técnicas de baixo custo para implantar bancos de leite humano em 23 países na América Latina; Caribe hispânico, Península Ibérica e África. Na América do Sul, três países – Uruguai, Venezuela e Equador – receberam as primeiras tecnologias transferidas. Logo depois, foram instalados em Portugal e na Espanha os primeiros bancos no modelo brasileiro. O primeiro país africano a adotar o sistema foi Cabo Verde. Depois, foi a vez de Moçambique e Angola. Para a rede brasileira, o Ministério da Saúde destinou, desde 2011, mais de R$ 7 milhões ao custeio, reforma e construção dos bancos de leite. Neste ano, está previsto o recurso na ordem de R$ 894 mil. A campanha deste ano conta com duas madrinhas, uma mãe doadora e outra receptora. As madrinhas são Andréa Santa Rosa, casada com ator Márcio Garcia, e Rany Souza, mãe receptora.
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