Propositura apresentada pela vereadora Andreia Rezende já obteve sanção do Executivo. Matéria cria o Mês Maio Furta-Cor
Uma a cada cinco mulheres apresentam depressão após um ano de o bebê ter nascido. Segundo índice do programa das Nações Unidas, 26% entre as puérperas apresentam depressão pós-parto.
Relatório da Fiocruz mostra que 45% de mulheres são vítimas de algum tipo de violência obstétrica no SUS, causando marcas irreversíveis, tanto fisicamente como psicologicamente.
Segundo o IBGE (dados de 2022), cerca de 11 milhões de mulheres são mães em carreira solo.
Cerca de 3,7% de mulheres suicidam no puerpério a cada 100.000 nascidos vivos, conforme estudo mundial.
Estes são alguns dados colocados na justificativa da vereadora Andreia Rezende ao projeto de sua autoria (agora convertido em lei) que institui, no Município, o Mês Maio Furta-Cor, cujo objetivo é conscientizar e incentivar o cuidado e a promoção da saúde mental materna.
O projeto já foi aprovado no plenário da Câmara Municipal de Anápolis e foi sancionado, recentemente, pelo prefeito Roberto Naves.
Conforme o texto aprovado no Legislativo, as ações voltadas à conscientização, incentivo ao cuidado e à promoção da saúde materna poderão ser desenvolvidas através de reuniões, palestras, cursos, oficinas, seminários, distribuição de material informativo, entre outras.
O foco desse trabalho pode vir através de incentivo pelos órgãos da Administração Pública Municipal, bem como por parte de empresas, entidades de classe, associações, federações e à sociedade civil organizada que tenham interesse no engajamento de campanhas relacionadas com o tema proposto no projeto de lei.
Como já descrito na própria redação, o Mês Maio Furta-Cor passará a integrar o Calendário Oficial do Município de Anápolis, e será comemorado e desenvolvido durante todo o mês de maio de cada ano.
Furta-cor

Também na justificativa, a vereadora explica o porquê da escola do “furta-cor”. Segundo ela, o furta-cor é uma cor cuja tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe, não havendo uma cor absoluta para aquele que lança o olhar.
“No espectro da maternidade, não é diferente, nele cabem todas as cores”, pontua a parlamentar.
Andreia Rezende observa que ainda existe um forte estigma em torno de temas ligados com a saúde mental “e quando ele se estende ao campo materno esse estigma é ainda mais reforçado”, acrescenta.