De todos os preconceitos e de todas as agressões praticadas contra as mulheres, nada é pior do que a violência econômica, aquela que as submete a situações vexatórias e incapacitadoras. E, o mais lamentável de tudo isso é que esse tipo de agressão parte, invariavelmente, de pessoas a elas ligadas, seja familiarmente, seja profissionalmente.
Deixando de lado a violência física, que vai, desde uma palavra áspera até o homicídio, os outros tipos de agressividade contra as mulheres, também, fogem do racional e, o que mais se lamenta é o aumento desse tipo de atitude. A mídia, em geral, está repleta de casos em que as mulheres são subjugadas de forma vexatória, cruel e covarde. Não há, nas literaturas psicológica, sociológica, ou, mesmo, psiquiátrica, algo que explique, ou, justifique, racionalmente, o porquê desse fenômeno que não escolhe raça, cor, condição econômica, ou, social.
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Mas, a boa notícia é que as mulheres começam a se libertar, pelo menos, economicamente. Grande parte delas não depende, mais, do dinheiro do companheiro para sobreviver. Muitas, nem companheiro fixo têm e cuidam de suas vidas por elas mesmas. Não depender de ajudas da economia do cônjuge, já é um bom caminho andado.
De acordo com o IBGE, 8,5 milhões de mulheres perderam seus empregos no terceiro trimestre de 2020. Atualmente, 45,8% delas não têm carteira assinada. E, ainda que a crise causada pela covid-19 tenha acentuado a distância entre as mulheres e o mercado corporativo, o cenário visto anteriormente já as deixava de lado em muitas situações, principalmente quando estas eram mães. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, mais da metade das mulheres perderam seus empregos após a gravidez e as trabalhadoras que tiram licença-maternidade são demitidas em, até, 24 meses após o nascimento das crianças.
Entretanto, pode-se notar o crescimento do empreendedorismo feminino. Conforme levantamento recente, durante a pandemia da covid-19, mais de 30 milhões de mulheres estavam tocando algum tipo de negócio. O número representou um crescimento de 40% no período. A tendência é que as mulheres continuem avançando e ocupando mais espaços na economia nacional. E, este crescimento é eclético: vai desde a confecção e vendas e produtos artesanais, até grandes negócios que envolvem boas cifras em valores monetários.




