O vereador Luiz Lacerda (PT) disse que o projeto do partido via além das eleições municipais deste ano e que a verdadeira corrida que se deu por parte de pretensos candidatos às 23 vagas na Câmara Municipal não soa como ameaça aos companheiros que estão há mais tempo na agremiação. Nos últimos meses diversos ex-vereadores e suplentes de vereador com votação expressiva, migraram para o PT. É o caso de Ilmar Lopes da Luz; Maria Geli, José Vieira e Heber Mamede, além de vários outros que já passaram pelo crivo das urnas. Para “Luizinho do PT”, como é mais conhecido o líder da sigla na Câmara Municipal, estes novos aliados vêm somar a uma proposta maior do Partido dos Trabalhadores, que é chegar à Governadoria do Estado. “Estamos bem próximos disso. Já temos as prefeituras das principais cidades do Estado, incluindo Aparecida de Goiânia que é administrada pelo PMDB, nosso aliado” justificou o parlamentar. Além disso, com o aumento de 15 para 23, no número de cadeiras na Câmara de Anápolis para já a partir de 2013, Luiz Lacerda entende que é importante que o PT tenha candidatos fortes, visando formar um bom coeficiente eleitoral, a fim de se garantir, não só as duas vagas já conquistadas, como ampliar este quantitativo. “Temos condições de dobrar nossa representatividade no Legislativo Anapolino”, declarou o petista. Entretanto, o vereador declara que “as cosias devem acontecer no momento certo. Não é hora, ainda, de se falar em número, ou nomes. O importante a é solidificação das propostas do PT para, numa segunda fase, entrarmos nos detalhamentos específicos”, alegou.
As alianças
Sobre a construção de alianças políticas e, muito especificamente, a montagem da chapa majoritária, quando a principal discussão é o cargo de vice, Luiz Lacerda desconversa e diz que, também, vai chegar a hora de se debater tal assunto. “Por enquanto vamos seguir um calendário e um programa pré-estabelecido. É claro que as alianças nos interessam. Elas são fundamentais. Temos importantes partidos e bons nomes nos apoiando numa espécie de frente partidária. A Administração Municipal é um exemplo disso. Lá estão representantes de vários partidos, inclusive de alguns que não marcharam conosco em 2008. Quanto ao nome para a vice, também não é hora de se discutir. Entendo que o João Gomes, atual companheiro de Antônio Gomide está fazendo um trabalho extraordinário e, por isso, também é nome forte para continuar. Mas, reafirmo que, no PT, a coisa é um pouco diferente. Tudo é resolvido a seu tempo”, declarou o parlamentar.
Ressalte-se que na campanha de 2008, a rigor, o PT só contou, no primeiro turno, com o apoio do PSC e do PC do B. No segundo turno agregaram-se outros partidos, resultado na vitória de Antônio Gomide sobre a candidata do PMDB, Onaide Santillo. Hoje, o próprio PMDB, ou, grande parte dele, apoia, até de forma incondicional, a administração petista. O que se discute é se estas alianças vão perdurar por mais tempo, já que se especula, e muito, que alguns desses partidos, como o PSC, o PMDB e o PTB poderiam, em tese, ter candidato próprio.