A expressão “líquido e certo” é muito usada na linguagem do Direito, referindo a algo que não cabe interpretação. Aqui, vamos usar essa expressão para dizer que é líquido e certo a população ter um saneamento básico, com serviços de água tratada e esgoto, condizentes. Afinal, é algo que estamos pagando e não é barato.
Reportagem especial do CONTEXTO traz dados interessantes do ranking de saneamento com 100 cidades brasileiras com população de 100 mil ou mais habitantes.
De Goiás, estão presentes no ranking os municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.
Em relação a Anápolis, o relatório do Instituto Trata Brasil, que tem repercussão nacional, o município aparece no 42º lugar, em 2025, com avanço de 10 posições em relação a 2024.
Contudo, chama atenção na pesquisa, pontos importantes. Um deles, é o relacionado a investimentos. Anápolis tem algo em torno de R$ 165,07 milhões no período contabilizado de 2019 a 2023. Nesse mesmo período, Goiânia aparece com cerca de R$ 907 milhões e Aparecida de Goiânia, com cerca de R$ 1,1 bilhão.
Não entrando da seara do merecimento de cada município, o que se tem é que Anápolis tem uma condição de investimento que está muito distante das duas outras cidades.
O investimento per capita é de 86,08 reais/habitantes em Anápolis, enquanto os indicadores de Aparecida são de 420,99 reais/habitantes e Goiânia, 126,30 reais/habitantes.
Isso mostra que, claro, nós sociedade e as lideranças classistas e políticas temos o dever de ficar atentos e cobrar maiores investimentos da Saneago. Não se trata de uma disputa entre municípios, mas de reconhecimento a importância de Anápolis no contexto da arrecadação da operadora.
Inclusive, cobrar, por exemplo, o barramento no Piancó, que está no contrato de programa e é uma necessidade que visa garantir segurança hídrica para as próximas décadas no município.
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