“Estou diretor, mas sou repórter”. É assim que Lucivan Machado, âncora do programa “Bate Rebate”, define seu perfil profissional ao completar doze anos de carreira na Rádio São Francisco de Anápolis. Ele chegou à direção de jornalismo da emissora depois de fazer “ponta” em um programa religioso, em 1998, e trabalhar exaustivamente, de segunda a segunda, praticamente dia e noite, como repórter policial e repórter esportivo. Um analista combativo que bate forte em suas críticas e rebate sem perder o espírito de solidariedade cristã. Lucivan, cuja voz foi descoberta por Frei Valdair de Jesus, em leituras dominicais na Matriz de Santana, é pragmático ao conceituar que o rádio deve ser rápido e democrático ao veicular uma notícia, firme e independente ao emitir uma opinião, e amigo prestativo e confiável ao acompanhar o ouvinte interativamente em todos os lugares e em todos os momentos, com empatia e cumplicidade na prestação de serviços. Para ele, rádio é paixão, mas é, sobretudo, dedicação, porque está acima do tempo e do lugar.
DIA E NOITE NO MICROFONE
Durante mais de uma década Lucivan Machado foi operário da notícia, das 6 às 24 horas e, raramente, pode visitar Santa Rosa, sua terra natal. Como âncora do programa “Bate Rebate”, ao lado de Nilton Pereira, e como diretor da Rádio, ele impõe a mesma dedicação aos repórteres Wellington Marques, Evaristo Pereira e Cristiano Carlos e ao apresentador Rubiano Cardoso. “A credibilidade de nosso jornalismo é construída pelo talento de cada um e pelo esforço de todos, inclusive da equipe de esportes liderada por Miguel Squeff. A carreira de Lucivan Machado destaca a cobertura do acidente com o ônibus que vitimou vários romeiros de Anápolis, em 1998, quando transmitiu informações direto do IML de Campinas-SP, durante uma semana inteira, informando, orientando e consolando as famílias abaladas pelo trágico acontecimento num momento em que a Rádio São Francisco de Anápolis era a única referência de comunicação. Até hoje, ele está sintonizado em rádio solidário e nunca deixa de apoiar os programas da Fundação “Frei João Batista Vogel” na Rádio São Francisco
PUPILO DE LUIZ CARLOS
Não é por acaso que Lucivan Machado tem a combatividade de Luiz Carlos Cecílio, seu mestre no microfone. O Diretor de Jornalismo da Rádio São Francisco motiva os colegas citando, sempre, aquele que foi um ícone do rádio anapolino nas últimas décadas e de quem herdou o estilo. Não é irreverente nem versátil como o seu maior incentivador, mas sobra em combatividade e credibilidade. Aos 37 anos, Lucivan diz que ainda tem muito a aprender, sempre determinado a continuar fiel aos seus princípios e ao público, hoje mais interessado e mais exigente: “com a evolução dos meios de comunicação, o ouvinte espera do rádio a notícia praticamente em tempo real e cobra do radialista mais do que a narração de fatos, como uma testemunha participante dos acontecimentos e responsável pelo desenvolvimento do espírito crítico de toda uma população”.
FM E AM JUNTAS CONTRA TV
A era digital chega para dar força qualitativa ao rádio AM que, junto com as FMs, somam 1.922 emissoras no Brasil, alcançando 96 por cento do território nacional ou 88,9 por cento da população. Ao contrário do que muita gente pensava, o rádio não está com os dias contados: a mídia impacta um percentual de ouvintes cada vez maior e fatura cada vez mais. No dia em que as emissoras (AMs e FMs) se unirem, definitivamente, o mercado publicitário do Brasil não será mais o mesmo. Para o Diretor da Rádio São Francisco, o Estado de São Paulo está consagrando a mudança em que a rádio AM vira FM, melhorando os seus recursos técnicos, e a FM vira AM, veiculando mais notícias. “Pior para as televisões e os jornais, principalmente em Anápolis, que só tem cobertura diária das emissoras de rádio”, finalizou Lucivan Machado.