Dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) revelam que o Município de Anápolis, que tem uma população estimada em 360 mil moradores, conta, hoje, com a segunda maior frota de veículos automotores de Goiás. Embora tenha menos habitantes do que Aparecida de Goiânia, o Município tem registrados (dados de 2013) nada menos que 112.702 carros. O número de motocicletas, também, é superior à média nacional. Estão catalogadas 47.481 motos, um número que cresce, também, acima do que se registra na maioria dos outros municípios brasileiros. São 133 desses veículos para cada mil moradores.
Na Cidade de Aparecida de Goiânia, que tem 500.619 habitantes, para se fazer uma comparação com Anápolis, existem 212 carros para cada grupo de mil habitantes. Lá foram registrados 105.979 veículos automotores. O número de motocicletas em Aparecida de Goiânia foi estabelecido em 67.550, portanto mais do que Anápolis.
Goiânia a Capital do Estado, com seus 1,3 milhão de habitantes, registra uma média de 405 carros por cada grupo de mil moradores. São, no total, 564.554 veículos automotores. Pelas ruas goianienses rodam, diariamente, 206.724 motocicletas, uma média de 148 desses veículos para cada mil habitantes.
Nacional
A cidade que tem mais carros por grupo de mil habitantes é São Caetano do Sul, no “ABC Paulista” com a média de 631 carros para cada mil moradores. São 99 mil veículos de passeio para uma população de 156 mil moradores – uma média de dois veículos para cada três pessoas. E, a cidade onde se registra o maior índice de motocicletas por habitante é Pereiro, no Ceará. Lá rodam 385 motos para cada mil moradores. A média nacional é de um carro para cada quatro habitantes e uma moto para cada 121 habitantes.
Por regiões, em números, a Sudeste tem 25,2 milhões de carros e 7,2 milhões de motocicletas. A Região Sul registra 9,8 milhões de carros e 2,7 milhões de motocicletas. A região Nordeste tem 5,4 milhões de carros e cinco milhões de motos; o Centro Oeste conta com 3,7 milhões de carros, contra 1,7 milhão de motocicletas. A Região Norte registra 1,3 milhão de carros e 1,5 milhão de motos, portanto, mais motos do que carros. O DENATRAN registra que em 2013 foram licenciados 2,7 milhões de novos veículos no Brasil.
Avaliação
De acordo com o jornalista Adamo Bazani, especialista em transportes, “é unanimidade entre os especialistas que a solução principal para os problemas de trânsito e poluição é o investimento no transporte público”. Para ele, o problema não é a população ter carro. “É um direito para quem deseja. A questão é que com a falta de redes de transportes que atendam as necessidades desta população, o carro ou a moto acabam sendo a única opção confortável e rápida para os deslocamentos diários. É tendência mundial nas cidades que buscam qualidade de vida em todo o mundo que as viagens do cotidiano, como para o estudo e trabalho, sejam feitas por transporte público. Já é sabido que o trânsito consome recursos públicos e privados, saúde e qualidade de vida”.
Ainda, conforme Adamo Bazani, “os números do DENATRAN mostram que, hoje, os investimentos em transportes coletivos não devem se concentrar, apenas, em metrópoles e regiões. Cidades interioranas têm necessidade e demanda para estruturas ferroviárias e corredores de ônibus, estes que são de rápida implantação, baixo custo e bons resultados pela demanda atendida e ganho de velocidade nos deslocamentos”.
Outra questão preocupante é o crescimento do número de motos. Atualmente, o País tem 18 milhões de motos, uma para cada onze habitantes na média nacional. Em 2003, eram 5,3 milhões de motos no Brasil, uma para trinta e três moradores. Em 44% das cidades brasileiras, a frota de motos já ultrapassou à de carros. Na maior parte das vezes, são municípios pequenos e com moradores de baixa renda.
O problema das motos não se restringe aos congestionamentos e poluição (uma moto polui 17 vezes mais que um carro e 34 vezes mais que um ônibus, levando em consideração o número de passageiros transportados e as emissões absolutas de cada veículo). Quase metade dos acidentes com vítimas envolve motos, o que representa mais pessoas com danos físicos e mais gastos com saúde pública. Envolvendo todos os tipos de veículos, o Ministério da Saúde registra cerca de 40 mil mortes no trânsito por ano. A cada ano são quase mil mortes a mais no trânsito brasileiro.
“No caso do crescimento no número de motos, no entanto, é revelada outra necessidade sobre o transporte público: formas de financiamento para deixar as tarifas mais acessíveis para a população de mais baixa renda. Normalmente, o baixo custo de aquisição e manutenção das motos atrai mais pessoas para este meio de transporte.
Alternativas não faltam para o barateamento do transporte público: desonerações, políticas de transferência de investimentos do transporte individual para os meios de massa, melhor distribuição do financiamento das gratuidades. Basta que estas alternativas saiam do papel”, conclui Adamo Bazani.
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