O prefeito eleito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), faz uma análise sobre a sua eleição. “A sensação que tenho é que todo mundo [292 mil eleitores] votou em mim”, brincou ao relembrar o resultado das urnas no domingo, dia 27 de outubro, quando ele foi eleito para chefiar o Executivo Municipal, a partir de 2025, pelos próximos 4 anos.
Vale lembrar, Márcio obteve 106.263 votos (58,56% dos votos válidos), contra 75.182 votos (41,44%) de sufrágios obtidos pelo seu adversário, o deputado estadual e ex-prefeito Antônio Gomide (PT).
Assim como fez no discurso da vitória, Márcio agradeceu os votos e a confiança dos anapolinos em relação à sua escolha. Márcio destaca que Anápolis é uma cidade de grande potencial, porém, com muitos desafios.
E, segundo ele, a sua gestão terá com como uma das metas “colocar o cidadão em primeiro lugar”.
Além disso, ele ressalta também que a sua condução terá também a missão de unir a cidade. “Vou governar para os 400 mil habitantes, independe de questões partidárias e ideológicas”, afiança. Dentro disso, a gestão buscará uma entrega eficiente de serviços à população.
Pós eleição
O prefeito eleito aproveitou o primeiro dia após a votação de domingo (27), para visitar eleitores e agradecer pelos votos recebidos. Além disso, ele enfrentou uma verdadeira maratona de entrevista para veículos de comunicação locais, regionais e, até, nacionais.
“Apresentei propostas ousadas na campanha. O tempo urge e preciso honrar o voto”, frisa Márcio, que já esteve também reunido com representantes da Caixa Econômica Federal para discutir projetos futuros para a área da habitação.
Além disso, ele também esteve em Brasília, onde reuniu-se com parlamentares no Congresso Nacional. Nessa visita, Márcio obteve a garantia de emendas no valor de cerca de R$ 6,5 milhões, a serem encaminhadas ao município pelo senador Wilder Morais, que é o presidente regional de seu partido.
O prefeito eleito destaca ainda que já está em contato com entidades e organizações ligadas à educação, a fim de começar a colocar em prática, já nos primeiros meses do mandato, o projeto para a redução do déficit educacional, em especial, no que diz respeito a vagas em creches.
Eleição da Câmara
Em relação ao Legislativo Municipal, Márcio Corrêa explica que vai buscar conversar com todos os vereadores eleitos para a próxima legislatura, segundo ele, entendendo a importância da Câmara para que os programas de governo sejam colocados em prática.
Contudo, mantendo-se a independência entre os dois poderes. De forma bem objetiva, o prefeito eleito afirma que a eleição da Câmara é para ser resolvida entre os vereadores.
“Eu não posso colocar a prefeitura em xeque. Quem se viabilizar vai ter meu apoio”. O futuro Chefe do Executivo disse que não tem nenhuma preferência de nomes, mas não descartou que não possa ter.
“Mas quem for mais competente para articular será o novo presidente da Câmara”, resume Márcio. De início, pontua, a base de apoio tem nove vereadores, mas outros alinhamentos poderão ocorrer e fortalecer esse apoio.
Saneamento e transporte
Márcio destaca que a sua gestão irá cobrar as medidas contratuais perante a Saneago. Ele observa que cidades como Formosa e Itumbiara, por exemplo, já alcançaram a universalização do esgotamento Sanitário e Anápolis deve caminhar também nesta direção.
Em relação ao transporte público, ele analisa que também é preciso analisar a situação contratual, mas observa que é necessário se ter metas de renovação da frota, para melhoria do serviço.
Isso, na sua opinião, será incentivo para que mais pessoas possam usar o transporte público e, com mais pessoas usando esse sistema, o rateio será maior, impactando na tarifa.
Roberto e Gomide
Questionado acerca do que espera do comportamento do atual prefeito Roberto naves (Republicanos) e do deputado estadual e seu adversário na campanha, Antônio Gomide (PT), Márcio diz: “Tenho de pensar é no que eles esperam de mim. Agora acabou o processo eleitoral, é hora de olhar para a frente.
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O posicionamento deles vai depender muito da nossa gestão. Se nós tivemos bem avaliado e com acerto, não tem o que questionar”, assinala.
Porém, caso contrário, se a gestão não estiver conseguindo entregar serviços ou não tendo compromisso fiscal, diz que deve ter sim uma cobrança mais forte. “Meu posicionamento é trabalhar muito e buscar resultados para a cidade”.
Saúde
Para o início da gestão, Márcio afirma que já se reuniu com profissionais ligadas à saúde, para que possa iniciar a implantação de projetos “ousados que temos para essa área”. Uma das ações será a realização de um grande mutirão de cirurgias eletivas, inclusive, de alta complexidade que não é competência do município.
“Mas o cidadão não quer saber isso, ele quer o atendimento”, observa. Na sua ida a Brasília, inclusive, dois deputados que são da área da saúde se comprometerem em encaminhar recursos à cidade nessa área.
Além disso, vários médicos já se dispuseram a “doar” tempo para que possam participar da ação. Ele avalia que o município possui uma boa estrutura no município. Serão, portanto, buscadas parcerias com instituições públicas e filantrópicas.
O prefeito eleito enfatiza que a médio e longo prazo, é essencial dar resolutividade às Unidades Básicas de Saúde, implantar tecnologias como a telemedicina, dando condição de acesso a todos, mesmo àqueles que não têm acesso por computador ou celular.
Em relação à gestão na saúde com as OSs, ou seja, Organizações Sociais, o prefeito eleito destaca que primeiro é necessário observar resultados e avaliar os contratos firmados.
Na sua avaliação, entretanto, parte dos serviços devem ser administrados pelo município. Inclusive, setorizando essas duas gestões a fim de se ter um comparativo de resultados de gestão.
Secretariado: perfil
Sobre a montagem de seu secretariado, Márcia ainda não aponta nomes, mas indica qual será o perfil. “Será um perfil técnico”, diz ele, acrescentando que precisam ser pessoas com disponibilidade de tempo para estarem permanentemente atentos para com as demandas da população.
“Eu trabalho muito e vou precisar que o seu secretariado me acompanhe”. Sendo assim, ele complementa que não pode ser “secretário de meio expediente, que mora fora”. E mais: “a pessoa tem de gostar”. De minha parte voi delegar, não tem como fazer tudo. Liguei para o secretário, ele tem de atender”.
Em resumo: “Tem de ficar exclusivamente à disposição da Prefeitura, dos cidadãos”.
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