Em Brasília
O prefeito eleito Márcio Corrêa continua com o pé no acelerador, à medida em que se aproxima a posse na Prefeitura de Anápolis, em 1º de janeiro de 2025. Ele este recentemente em Brasília, mais exatamente no Ministério das Cidades, onde foi recebido pelo titular da pasta, Jader Filho.
Durante a reunião, ele pediu apoio para projeto de drenagem urbana, visando combater alagamentos e erosões no município.
Outro ponto na pauta do encontro foi para o estabelecimento de parceria com o ministério, para a construção de calçadas na cidade e o cadastro do nosso município na faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, destinado a famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.640,00.
Oposição de pergunta?
O vice-presidente estadual do PT, Céser Donizete, em entrevista à Rádio Manchester, disse que o partido vai estar onde foi colocado após o resultado das eleições, ou seja, na oposição. Perguntado sobre como se dará essa oposição, ele disse que será do tipo “pergunta”.
Explicando melhor, será uma oposição de cobrar do eleito, no caso, Márcio Corrêa (PL), aquilo que ele prometeu na campanha, na saúde, na educação, na infraestrutura e outras áreas da Administração.
“Nós [do PT] torcemos para que dê certo e vamos ajudar com o deputado estadual Antônio Gomide e o nosso federal, Rubens Otoni”, assinalou o líder petista, reforçando que Márcio precisará buscar apoio no Governo Lula.
Eleição na Câmara
Em entrevista coletiva à imprensa, o prefeito eleito Márcio Corrêa admite acompanhar mais de perto a disputa pela Mesa Diretora da Câmara Municipal, para a nova legislatura
que se inicia a partir de 2025. E o que não falta é nome para candidatar a Presidente. A lista tem José Fernandes (MDB), o mais bem votado na eleição de outubro; Andreia Rezende (Avante), irmã do deputado Amilton Filho (MDB), coordenador de sua campanha; Policial Federal Suender e Jean Carlos, ambos de seu partido, o PL.
Fato é que Márcio quer ter uma base sólida no Legislativo e isso passa pela eleição da Mesa, passa pela montagem do seu “time” e pelos apoios que ele poderá ter, além daqueles que vieram da campanha.
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De outro lado, tem-se o atual presidente Dominguinhos do Cedro (PDT), que poderá concorrer ao cargo para a próxima legislatura, assim como o seu atual vice, Jakson Charles (PSB). Eles têm credenciais para tal, mas resta saber quais as forças
eles poderão contar. Muita água ainda vai rolar por debaixo dessa ponte. E, quem sabe, até possam surgir surpresas no meio do caminho. Eleição na Câmara é assim mesmo, só vai definir na véspera ou mesmo no dia. Então, é bom aguardar.
Barril de pólvora
Brasília está como um barril de pólvora, após a Operação Contragolpe, da Polícia Federal, para desarticular um grupo de militares e até membro da própria corporação, investigados por um plano de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.
O presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin e o ministro e então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Morais, seriam os alvos do plano “Punhal Verde e Amarelo”, a serem eliminados.
No olho do furacão está o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus ex-colaboradores no Planalto: Braga Neto, General Heleno, Alexandre Ramagem e o presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto. A lista dos indiciados na operação tem 37 nomes.
Claro que muita coisa ainda está por acontecer no curso dessa investigação. E haverá o contraditório. Contudo, já se dá para prevê que poderá haver no país mais uma onda de divisionismo na declarada guerra “direita X esquerda”, ou vice-versa.
- O nome do empresário Kim Abrahão aparece como um dos que podem integrar o “time” de Márcio Corrêa (PL). Ele entraria na cota do PSD, com a bênção dos presidentes municipal, Liminha e o estadual, o senador Vanderlan Cardoso. Ainda não se sabe em que posição Kim poderá jogar, se for escalado.
- Outros nomes que figuram como prováveis membros da equipe do prefeito eleito são o do engenheiro Luiz Antônio Rosa, que é presidente do Sinduscon Anápolis e muito legado a Márcio e pode atender a classe empresarial.
- Além do jornalista Luiz Gustavo, que foi (e continua) sendo um dos braços direitos de Márcio Corrêa. No caso, ele iria para a pasta de Comunicação.
- Não há, porém, nada de oficial. Márcio já disse e reiterou em entrevistas, que só apresentará a escalação do “time” em dezembro.
- No meio do caminho até a posse, vale lembrar, vai acontecer a diplomação dos eleitos. É o último ato de responsabilidade da Justiça Eleitoral em relação ao pleito desse ano. A posse, em si, não tem essa participação, a não ser a presença institucional nos eventos programados.
- Do deputado Rubens Otoni (PT): “O fim da escala 6×1 é uma tendência mundial e que rompe as barreiras políticas e ideológicas. É uma bandeira humanitária que avança em todos os segmentos. Centenas de empresas no Brasil, mesmo sem a exigência legal, já adotam escalas com jornada de trabalho menor”.