O Governo do Estado e o Ministério de Minas e Energia chegaram a um acordo nesta quinta-feira, dia 30, para a transferência definitiva do controle acionário da Celg D para a Eletrobrás. O “Termo de Entendimento” foi assinado na manhã de hoje, dia 30, na sede do Ministério de Minas e Energia, pelo governador Marconi Perillo e o ministro Edison Lobão.
De acordo com o Termo, a participação acionária a ser adquirida pela Eletrborás será de até 51% das ações ordinárias da Celg D. Ao Estado e à Celgpar fica a responsabilidade de viabilizar a injeção de recursos de até R$ 1,9 bilhão na Celg D. Esta obrigação ficará vinculada à liberação de operação de crédito da Caixa Econômica Federal (empréstimo já aprovado pela Assembleia Legislativa) e da Celgpar.
“O problema foi destravado. Daqui pra frente a Celg terá um plano de investimento à altura das necessidades de Goiás. O governador Marconi Perillo sempre esteve atento a esta questão, que culminou com a parceria da Eletrobrás no processo de saneamento da empresa”, declarou o ministro Lobão após a reunião.
Investimentos
Após concluído o processo de transferência das ações, será elaborado um plano de investimentos da Eletrobrás na empresa. A previsão do ministro é de que a transferência das ações ocorra no máximo até abril. Para o governador Marconi, depois de todo esse processo concluído, a Celg será fortalecida e suas ações serão naturalmente bem mais valorizadas, facilitando, inclusive, a renovação da concessão pelo Governo Federal por mais 30 anos.
Da reunião participaram o secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Mácio Zimermmann; o secretário do Tesouro Nacional, Augustin Arno, o presidente da Eletrobrás, José da Costa, o assessor da STN, Hailton Madureira, o chefe da Casa Civil do Governo de Goiás, José Carlos Siqueira, o secretário Extraordinário, Simão Cirineu Dias, o presidente da CelgPar, José Fernandes Navarrete, o presidente da Celg D, Leonardo Lins Albuquerque e o assessor de Imprensa do governador, Isanulfo Cordeiro.
A situação da Celg vinha causando enorme apreensão, sobretudo, junto aos setores produtivos, devido ao receio de que a demora em se estabelecer um acerto, pudesse comprometer os investimentos e, com isso, a companhia deixar de prestar um serviço de qualidade, para garantir energia para os empreendimentos existentes e para os novos. O encontro desta quinta-feira, foi um de vários que vêm ocorrendo desde o ano passado para buscar soluções para a Celg. O resultado foi comemorado por Marconi Perillo que, pessoalmente, participou das negociações junto ao Ministério de Minas e Energia.