Pioneira na área dos transportes de passageiros, empresária dedicou-se também a várias ações no campo social
Anápolis perdeu, recentemente, uma personalidade de sua história. Uma mulher de fibra, batalhadora, seja no empreendedorismo, seja no engajamento a causas sociais do bem. Trata-se de Marlene Rodrigues Braga.
Graduada em Direito, pela FADA, foi empreendedora, empresária, advogada, filha exemplar, mãe superprotetora, esposa dedicada, auxiliadora e com a vida sempre ligada às áreas sociais onde sempre foi a sua maior paixão e alegria.
Internada em meados do mês agosto para tratamento de saúde e, após algumas complicações, ela veio a falecer no dia 14 último.
Marlene Braga nasceu em 1º de Maio de 1942, na cidade de São Paulo, neta de imigrantes da Turquia e Alexandria no Egito, Antonio Elias Kafruni e Maria Kafruni pertencentes à religião copta (primeiros Cristãos fora de Israel), vieram para o Brasil em 1917, para o Município de Estrela no Rio Grande do Sul e logo foram para Delfinópolis em MG. Uma de suas filhas, Lourdes Kafruni, conheceu e se casou com José Rodrigues Paulino tendo três filhos, uma delas a filha Marlene.
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Em 1960, ainda adolescente, Marlene veio para Goiás. Em 1963, conheceu e casou-se com o empresário Josias Moreira Braga, com quem teve quatro filhos e juntamente com os outros seis filhos do primeiro casamento de Josias, formaram uma grande família, que até hoje se relaciona e se confraterniza, seja em comemorações ou na vida diária de uma família Cristã.

No começo da década de 1960, Marlene e Josias foram pioneiros da ligação Brasília-Belém, no setor de transporte de passageiros.
Em 1968, fundou uma das primeiras Conferências Feminina da Sociedade Vicentina ligada à Igreja Católica de Goiás, onde desenvolveu vários trabalhos sociais como construções de casas, realizações de diversos tipos de arrecadação para distribuição de cestas que perdurou até pouco antes da sua morte, auxiliando dentre outras a Creche Frederico Ozanam, o Asilo São Vicente de Paulo, a Santa Casa de Anápolis e o Centro Comunitário.
Muito envolvida na Paroquia Santo Antonio, onde esteve à frente de barraquinhas, bingos, jantares e diversas atividades para arrecadação para a reforma e ampliação da Catedral e para os menos assistidos daquela região, Marlene deixou um legado de muito trabalho.
Em 1969, entrou para o Lions Clube de Anápolis onde chegou a ser Domadora Governadora do Distrito L13 que abrangia Goiás, Distrito Federal, o atual Tocantins e Triângulo Mineiro, onde ela e o marido desenvolveram vários trabalhos sociais nesta região com fins filantrópicos para diversas entidades de todos estes estados.
Nesse período participou de eventos nos três continentes sempre com o Lema de servir ao próximo e em 1989 foi reconhecida como uma das Primeiras Mulheres do Mundo a ser denominada Companheira Leão (na época somente homens podiam assumir a posição de Leão).