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Considerado “primeiro de turma” internamente, atendendo a todos os critérios para promoção, o militar está próximo de receber a última estrela antes da carreira de general, o que também implicará em um aumento salarial significativo, podendo chegar a R$ 30 mil brutos, somando gratificações e adicionais.
Conforme as normas da corporação, Cid só poderia ser impedido de concorrer à promoção caso se tornasse réu na Justiça, o que até o momento não ocorreu. Apesar de ser alvo de investigações, fontes próximas aos processos não acreditam que isso aconteça antes de abril, o que permitiria a Cid o caminho livre para sua promoção. Dentre as situações que poderiam congelar a carreira de militares, nenhuma se aplica ao caso dele.
Cid, que foi solto em setembro após quatro meses de prisão, permanece sob medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados. As investigações que envolvem o ex-ajudante de ordens abrangem diversas ações, como a venda de joias recebidas pelo ex-presidente, falsificação de cartões de vacina e organização de uma transmissão ao vivo na qual Bolsonaro atacou o sistema eleitoral.
Os critérios e processos para promoção de oficiais das Forças Armadas são regidos por uma lei de 1972, elaborada durante o regime militar. Tais promoções são analisadas pela Comissão de Promoção de Oficiais, composta por 18 generais e presidida pelo chefe do Estado-Maior do Exército. Dentre os critérios avaliados estão o rendimento escolar, desempenho nos cargos ocupados e habilidades de chefia e liderança. Este sistema foi regulamentado por decreto em 2001, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.