Ampliar alfabetização e acesso à internet também é prioridade
O Ministério da Educação projeta alcançar 100% dos territórios do Brasil com matrículas em ensino integral na educação básica até 2026. Hoje, a cobertura chega a quase 90% das regiões. O MEC afirma que finalizará ainda em dezembro a estratégia que ampliará o modelo, definido como jornada mínima de sete horas diárias ou 35 horas semanais. A pasta reforça que a expansão deve ocorrer com qualidade e alinhamento às necessidades de cada rede de ensino, evitando que o crescimento se limite ao aumento de vagas.
Metas educacionais
Além da expansão do tempo integral, o MEC trabalha com duas metas estratégicas. A primeira prevê que 64% das crianças estejam alfabetizadas na idade correta até 2026, indicador considerado fundamental para reduzir desigualdades de aprendizagem. A segunda meta busca fortalecer a tecnologia nas escolas ao ampliar para 80% o número de unidades com conexão à internet para fins pedagógicos, já que atualmente o índice está em 64%. Essas metas, segundo o ministério, integram o esforço nacional para melhorar a qualidade da educação pública e modernizar o ambiente escolar.
Estrutura adequada
A secretária de Educação Básica, Katia Schweickardt, destaca que a ampliação do ensino integral exige mais do que aumentar matrículas. Ela afirma que as escolas precisam de infraestrutura adequada e equipes preparadas para oferecer uma rotina ampliada com qualidade. Por isso, o MEC defende investimentos contínuos em formação docente, materiais pedagógicos e espaços apropriados para atividades de teatro, música, esportes e cultura. A secretária reforça que cada escola deve organizar currículos e metodologias considerando as particularidades de seu território e a diversidade dos estudantes.
Investimento federal
O governo federal apoia essa expansão por meio do Programa Escola em Tempo Integral, regulamentado após a lei de 2023. Para 2025, o MEC selecionou 14 estados que receberão recursos de custeio e capital destinados à implementação do modelo integral. Esses repasses podem chegar a R$ 2 mil por estudante, conforme prevê a legislação. O objetivo é garantir que as redes estaduais e municipais tenham condições de ampliar vagas, qualificar equipes e estruturar espaços adequados para o desenvolvimento integral dos alunos. Além disso, o MEC mantém orientação técnica para apoiar estados e municípios na execução das metas.





