Com destaques para o basquete, handebol e natação, a instituição fez bonito na disputa em Brasília
Realizados desde 1935, os Jogos Universitários Brasileiros, popularmente conhecido como JUBs, são realizados pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) e, a cada ano, ganha espaço em alguma cidade do país. Em 2021, Brasília foi palco da disputa estudantil e a proximidade da capital federal com Anápolis parece ter gerado um gás a mais para os representantes da cidade, mais especificamente da UniEvangélica.
A instituição mais uma vez se fez presente na competição e conseguiu feitos históricos para o Estado na atual edição. Basquete, handebol e a natação, este último sendo o carro chefe da UniEvangélica, marcaram resultados inéditos e que terão efeito já na próxima disputa do JUBs, em 2022.
Quase o ouro
Com uma base já entrosada e vindo de bons resultados nos Jogos Universitários Goianos (JUGs), a esquadra da UniEvangélica no basquete masculino representou bem dentro de quadra. Apesar do objetivo inicial ter ficado perto, com apenas uma colocação separando a equipe de disputar a 1ª divisão, o saldo foi positivo, afirma Azemar Torres, técnico do time.
Sem desmotivar, o grupo foi firme na briga pela 2ª divisão, batendo adversários do Acre e do Mato Grosso do Sul pelo caminho e alcançando a decisão da categoria. Pela frente, a UniNASSAU, do Rio Grande do Norte, deu trabalho para os goianos e impôs a derrota que sacramentou a medalha de prata para a UniEvangélica.
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“Foi muito bom, organizado, mas sentimos o cansaço na final. Nos últimos anos contávamos com, pelo menos, um dia de descanso e este ano não, foram seis dias e seis jogos. Aí sentimos um pouco, mas o saldo foi positivo e o basquete sempre vem representando bem o estado e a instituição. Conseguimos trazer o caneco de prata, mantendo o estado na segunda divisão no próximo ano”, disse Azemar, valorizando o resultado do time.
Com doses de emoção
O handebol goiano, dentro do JUBs, nunca foi devidamente respeitado, até por conta dos resultados obtidos. Os representantes do estado não conseguiam engrenar, tanto que as instituições sempre disputavam a 3ª divisão do masculino. No entanto, a edição de 2021 do torneio trouxe uma grata surpresa para o esporte.
Mesmo com problemas de treino antes de embarcarem para Brasília, o grupo da UniEvangélica não se abalou. Mostrou resiliência e energia durante os jogos e conseguiu a tão sonhada classificação para a elite universitária na modalidade. “Tínhamos a opção de empatar o jogo e disputar a 2ª divisão. O que já seria histórico. Porém, nós sabíamos que poderíamos mais e que também jogaríamos de igual com os times da 1ª (divisão). Fechamos o grupo, colocamos como objetivo, porque o que viesse seria épico”, salienta Caio Vinícius, comandante da equipe.
E, realmente, foi épico. A classificação veio e, embora tenha resultado numa caminhada curta do time, resultou em uma das melhores partidas do handebol no JUBs. Diante da UNIESP, da Paraíba, a UniEvangélica foi valente e conseguiu arrancar um empate restando 30 segundos de jogo, depois de tempo certeiro pedido pelo treinador: 29 a 29 e prorrogação. Nos minutos extras, no entanto, os goianos acabaram superados, mas com a cabeça erguida.
“Não tenho dimensão desse feito , porém eu sei que vai demorar muito para acontecer novamente. Um time, que nunca saiu da 3ª divisão e ir direto para a 1ª, jogar como jogamos a competição. Estamos felizes e com sensação de dever cumprido. Nada pode apagar nossos nomes desse feito histórico. Honramos o nome da nossa instituição UniEvangélica e do nosso estado em ter colocado o handebol estadual na elite universitária brasileira”, frisa Caio.
Medalhas vindo de braçada
Já é sabido que a UniEvangélica se destaca quando o assunto é natação. Os resultados passados, sejam regionais ou nacionais, evidenciavam o nível obtido pelos atletas da categoria. No JUBs, não foi diferente. Chefiados pelo treinador Denis Diniz, o grupo angariou 15 medalhas no total e obteve suas melhores campanhas no masculino e no feminino com, respectivamente, um 2º e um 3º lugares.
“A nossa perspectiva era de ficar no 4º lugar geral. Acabamos em 2º no masculino e 3º no feminino, um resultado inédito para nós e para o estado de Goiás. Conquistamos 15 medalhas, com uma prova ganha e várias medalhas de prata e bronze”, pontuou Denis.
Junto com o ouro, obtido por Iovane Rodrigues, veio também a possibilidade de disputar a Universíade, os Jogos Universitários Mundiais. Denis afirma que aguarda pela confirmação da vaga para o atleta, já que os campeões dos Jogos Universitários Brasileiros garantem vaga para as “Olimpíadas do esporte universitário” de 2022, prevista para acontecer em Chengdu, na China.