Diariamente, toneladas de artigos manufaturados eram transportadas para o Centro-Sul do Brasil, enquanto cereais, proteínas animais e outros produtos primários seguiam das fazendas e sítios da região para outros destinos.
Nos primeiros vinte anos, além de mercadorias, as composições ferroviárias traziam centenas de famílias de cidades e estados diversos para Anápolis. Essas pessoas contribuíam com novos conhecimentos, culturas, e sistemas sociais, promovendo um rico intercâmbio cultural entre diferentes regiões do Brasil.
Infelizmente, essa era próspera foi interrompida por um movimento elitista que culpou a Estrada de Ferro pelos acidentes envolvendo trens e veículos automotores. Em vez de implementarem medidas de segurança, como passagens de nível com cancelas, conforme prescrito pelo Código Nacional de Trânsito, optaram por desativar o sistema ferroviário.
Essa decisão é amplamente lamentada, especialmente nos dias de hoje, quando a ferrovia poderia oferecer uma alternativa valiosa para o transporte de passageiros, sobretudo entre o Distrito Agroindustrial de Anápolis e o centro da cidade.
Nos últimos anos, têm surgido propostas para reativar o transporte ferroviário de passageiros na região. Inicialmente, houve a ideia do “Trem Pequi”, conectando Goiânia e Brasília, com uma parada em Anápolis e outras cidades ao longo desse eixo. Depois, considerou-se um trem ligando Anápolis a Pirenópolis. Mais tarde, houve discussões sobre a inclusão de vagões de passageiros nas composições da Ferrovia Norte-Sul.
Agora, ressurge a ideia de criar uma linha ferroviária de passageiros entre Anápolis e Catalão. Espera-se que essas iniciativas se concretizem e não permaneçam apenas nas páginas de jornais, rádio e televisão.
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