As adolescentes entre 11 e 13 anos (13 anos, 11 meses e 29 dias) deverão procurar novamente os postos de saúde em setembro para tomar a segunda dose da vacina contra HPV. A vacina estará disponível a partir do dia 1º. Em Goiás, a população-alvo é formada por 161.885 meninas. A meta é vacinar no mínimo 80% desse público. Além dos postos de saúde, a vacinação será realizada em escolas públicas e privadas, a critério de cada município.
As meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos de idade e já completaram 14 anos deverão receber a segunda dose. Já as meninas que completaram 11 anos e as meninas de 11 a 13 anos ainda não imunizadas deverão receber a primeira dose.
A vacina contra o HPV foi introduzida na rotina do Calendário Nacional de Vacinação como uma estratégia de saúde pública, objetivando reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero. A vacina foi implantada no Sistema Único de Saúde (SUS) em 10 de março deste ano e, até o momento, já foram vacinadas 137.812 meninas no Estado, representando uma cobertura vacinal de 90,18%.
A gerente de Imunizações e Rede de Frio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Clécia Vecci, esclarece que a vacinação, em conjunto com as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará prevenir a doença nas próximas décadas. Hoje o HPV representa a quarta principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil.
No total, as adolescentes deverão receber três doses da vacina HPV. A última dose acontece daqui a cinco anos, em 2019.
HPV
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Segundo estimativas, entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial está infectada pelo HPV.
Clécia Vecci explica que a vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização preventiva, não tem uso terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero, de lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas genitais. Da mesma forma, não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.
A vacinação das adolescentes ocorrerá sem necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. Na vacinação em escolas, caso o pai ou responsável não autorize a aplicação, orienta-se que assine e encaminhe à escola o Termo de recusa de vacinação contra HPV. “No caso da realização da segunda dose não há necessidade de envio do termo, uma vez que a vacinação foi autorizada anteriormente pelos pais ou responsáveis. Assim essa dose já faz parte do esquema vacinal preconizado”, orienta a gerente.