O Mercado Livre, empresa argentina de soluções para o comércio eletrônico, vai custear parte da cirurgia de redesignação de gênero para funcionários e funcionárias trans. A iniciativa vale para trabalhadores que não se identificam com o gênero designado em nascimento, e irá arcar com até 70% do procedimento.
O benefício oferecido pelo Mercado Livre aos colaboradores trans foi validado para funcionários que trabalhem na empresa há pelo menos um ano, independentemente do cargo. A cobertura também oferece 15 dias de licença médica remunerada para que o colaborador siga com o acompanhamento médico após o procedimento.
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No Brasil, este tipo de cirurgia é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas levam muitas pessoas a procurar a rede privada. No atendimento pelas clínicas particulares, a operação tem um preço médio de R$ 35 mil, mas o valor pode ser maior, devido aos preço elevado dos equipamentos utilizados e ao número reduzido de profissionais especializados no procedimento.
A iniciativa faz parte de um debate sobre diversidade proposto pelo grupo de afinidade LGBTQIA+ da companhia, criado em 2020. O intuito é prestar apoio para que os colaboradores se sintam melhores, além da maior inclusão e respeito. Além da cirurgia, a companhia quer bancar o seguro fiança no aluguel de imóveis residenciais e assessoria jurídica para alteração de nome e gênero no registro civil.
“O preconceito é ainda uma barreira grande para as pessoas trans em vários aspectos, inclusive no momento de firmar um contrato de aluguel, quando ainda há muita desconfiança sobre a finalidade do imóvel”, disse Patrícia Monteiro, diretora de Pessoas do Mercado Livre no Brasil.